22.02 – a coordenação do Instituto Kabu esteve reunida na aldeia Bau juntamente com a comunidade e diversos moradores das aldeias Kubenkokre, Pykany e Pyngraitire que estão naquela área coletando castanha-do-Brasil, devida a Terra Indígena Bau ser muito rica deste fruto. O objetivo da reunião foi informar que finalmente o Instituto Kabu conquistou um bom mercado para castanha com casca a granel. Trata-se da empresa Ouro Verde Amazônia (www.ouroverdeamazonia.com.br) da cidade de Alta Floresta – MT, que inclusive comprou toda safra de castanha das aldeias Kayapó do leste, intermediada pela AFP – Associação Floresta Protegida, organização indígena que trabalha com os grupos da Terra Indígena Kayapó e mantém boa relação com o Instituto Kabu. A negociação com a empresa Ouro Verde foi positiva, já que a mesma vem realizando negociação de castanhas com outras etnias a exemplo dos Kayabí do rio Teles Pires e comunidades localizadas na BR – 230, também chamada de rodovia Transamazônica. Com esta conquista, o Instituto Kabu trabalhará para organizar a produção de cada comunidade Menkrãnoti no intuito de apresentar o melhor produto possível. Melhorar e modernizar a produção e criar uma diversidade de produtos da biodiversidade Kayapó será a meta do futuro.

18 a 20.02 – Realizada à quarta visita à comunidade da aldeia Baú para a plantação definitiva das mudas de cacau (Theobromacacao L.) nas respectivas roças. Com o acompanhamento da Engenheira Florestal Maria Luíza Lívero Sampaio do Instituto Kabu, juntamente com três estagiárias, estudantes do curso de técnico de meio ambiente do Centro Educacional Pan-Americano – CEPA, realizou-se a quarta visita dando continuidade à execução do projeto de cacau (Theobromacacao L.) na aldeia Baú, no qual se realizou a plantação das mudas no local definitivo, após cinco meses cultivados em viveiros provisórios nos quintais das casas. O trabalho em geral, realizado com a comunidade de Bau foi satisfatório de maneira exemplificativa e com esclarecimentos de dúvidas durante a atividade para cada produtor de cacau presente. Em relação às mudas, houve mortalidade considerável devido pragas como formigas ou mesmo algumas falhas com os cuidados silviculturais, entretanto as que vingaram todas estão com ótima qualidade tanto no crescimento, como em sua própria rustificação. Paulatinamente o Instituto Kabu com a cooperação da CEPLAC está implantando a cultura do cacau nas aldeias Mekrãgnoti, podendo no futuro as comunidades produzirem seu próprio chocolate como comercializar este fruto como produto orgânico, tendo em vista que jamais os Kayapó utilizarão qualquer tipo de agrotóxico ou fertilizante durante o seu cultivo.

18.02 – a coordenação do Instituto Kabu juntamente com a FUNAI CTL de Novo Progresso e o coordenador do Pólo Base de Saúde Indígena realizaram mais um sobrevôo na Terra Indígena Bau, visando monitorar atividade garimpeira que vem poluindo e assoreando os rios. Desta vez procuraram fazer um trabalho minucioso no sentido de percorrer toda calha do rio Curuá e monitorar atividade garimpeira, principalmente a que demandam serviços por balsa de sucção ou as chamadas escariantes, esta última causa grande impacto nas margens dos rios. Este trabalho teve início desde o setor norte da reserva, na divida da Terra Indígena Bau com a Flona Altamira (Nekanõrõ) até o setor sul. Em todo percurso, observando atentamente o leito do rio Curuá não fora avistado nenhuma atividade ilegal deste porte a não ser ao sul próximo ao limite da Terra Indígena, onde fora avistado uma balsa escariante em atividade. Comparando esta situação com o último sobrevôo realizado em 15 de janeiro de 2011 houve relativo avanço, pois parte das balsas que estavam operando no rio Curuá ainda não deixaram a Terra Indígena, estão instalados no limite, confirmaram que vão deixar a área, porém, é necessário vigiar se elas permanecem, ou não. Quanto aos garimpos em terra firme no interior da área, a situação continua preocupante, existem 02 garimpos com pista de pouso desativados e 02 em pleno funcionamento. A comunidade do Bau informou que frequentemente aviões de pequeno porte partindo de Novo Progresso em direção a esses garimpos passam próximo da aldeia e todos da comunidade estão de acordo que o governo brasileiro através da FUNAI, Polícia Federal, IBAMA, Força Nacional coloquem um fim nessa situação. Felizmente, ninguém esboçou resistência, contudo não houve quem se dispusesse a fazer este trabalho visando mostrar que a comunidade de Bau não quer compartilhar com as atividades ilegais. Estamos monitorando…

16.02. – o Instituto Kabu recebeu da Sanelab – Análise de Águas e Monitoramento Ambiental Ltda – EPP o Laudo da água do rio Jabui que passa no interior do território de Pykany. A Conclusão final do Laudo aponta que a água do rio Jabui atende aos padrões Físico-Químicos e Bacteriológicos de Potabilidade, de acordo com a portaria nº 518 de 25 de março de 2004, do Ministério da Saúde, quantos aos parâmetros analisados. Devido às cheias dos rios amazônicos neste período chuvoso e os sedimentos carregados pelas águas, o Laudo aponta que houve alto nível de ferro interferindo na cor e turbidez, entretanto isto não é a causa principal da mortandade de peixes denunciado pela comunidade. Há de se realizar estudos mais aprofundados porque tal acontecimento pode estar relacionado com a multiplicação de algas em algum ponto do rio ou mesmo em lagos que fazem conexões com o rio Jabui, inclusive em observações aéreas percebeu que alguns desses lagos estavam com a cor da água diferente (verde) em relação à água do rio Jabui (avermelhado escuro). Assim sendo, o Instituto Kabu juntamente com a comunidade de Pykany vem monitorando esses fenômenos, caso houver nova mortandade de peixes recorreremos a trabalhos de pesquisa mais aprofundados, uma vez que neste caso é a sobrevivência da comunidade que esta sendo posta em risco. O Instituto Kabu tem grande preocupação com a água doce das Terras Indígenas, vem buscando parceiros, possivelmente contar com apoio de uma universidade para coletar amostras de água e peixes para um estudo nos rios da Terra Indígena Bau, com foco nos metais pesados, devido à presença da atividade garimpeira. Também para avaliar a saúde dos indígenas que possivelmente estão contaminados por esses metais dada a substâncias bioacumulativas (metilmercúrio) ingeridas pelos peixes e posteriormente pela comunidade já que o pescado faz parte da dieta diária dos Kayapó. O Instituto Kabu agradece a empresa Águas de Novo Progresso, responsável pela captação, tratamento e distribuição de água encanada para a cidade de Novo Progresso, pelo pronto atendimento à causa indígena, bem como, por ter intermediado o contato com a Sanelab da cidade de Cuiabá-MT que colocou a disposição da instituição para quaisquer assuntos relacionados a esse recurso não renovável, contudo de extrema importância para sobrevivência humana.

16.02.2011 – Participação do Instituto Kabu na Oficina para Formação do Conselho Consultivo do Parque Nacional do Rio Novo e da Área de Proteção Ambiental do Tapajós realizado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Dois representantes do Instituto Kabu, sendo a engenheira florestal Maria Luiza e o engenheiro agrônomo Anderson Papini, juntamente com três estagiárias do CEPA (Centro Educacional Pan-Americano) participaram da oficina de formação do Conselho Consultivo do Parque Nacional do Rio Novo e da Área de Proteção Ambiental do Tapajós realizada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A oficina realizada no dia 15 de fevereiro de 2011, no auditório do SIMASPA, teve a participação de 15 entidades locais, sendo governamentais e não governamentais, juntamente com a presença de alguns proprietários rurais do Parque do Rio Novo. O evento teve como objetivo um primeiro passo para a formação do Conselho Consultivo de Novo Progresso – PA, de uma forma bem dinâmica, participativa e democrática com os convidados presentes, foram realizadas apresentações dos participantes, do ICMBio, palestras, debates, mapa falado, apresentação da cartilha “Guia do Conselheiro – IBAMA/NEA/RJ (2007)” e o diagrama de Venno Parque Nacional Rio Novo e da APA do Tapajós. A finalização da oficina se deu por meio de opiniões conclusivas de cada convidado, de modo construtivo e satisfatório para todos os presentes, no qual a região e a população de Novo Progresso, futuramente terão enormes benefícios tanto ambientalmente como socioeconomicamente com as Unidades de Conservação consolidadas. Para o Instituto Kabu, uma instituição essencialmente voltada para a causa indígena e a conservação de suas florestas a referida oficina trouxe além de novos conhecimentos, também uma forma de compartilhar com questões relacionadas à conservação de terras brasileiras convergindo com a necessidade regional de conservação e uso desses biomas.

Publicado por: institutokabu | junho 17, 2011

02.02 – Estágio – Centro Educacional Panamericano

02.02 – As estudantes do curso de Meio Ambiente do Centro Educacional Panamericano localizado em Novo Progresso, Luci Taparo de Mello, Elianai Santana Ferreira e Sônia da Silva Domingues iniciaram hoje um estágio de 30 dias no Instituto Kabu, uma atividade que caracteriza como condicionante para as mesmas concluírem o curso de meio ambiente. Posteriormente este estágio, as alunas deverão desenvolver um relatório de conclusão sobre suas atividades. Para o Instituto Kabu além de ser prazeroso recepcioná-las, esta iniciativa abre oportunidade para uma convivência mais harmônica com a sociedade, uma compreensão melhor do contexto indígena regional e promove o conhecimento tanto dos trabalhos que a organização vem desenvolvendo quanto seus objetivos de conservar a natureza e manter a cultura do povo Kayapó que habita nesta vasta região. Durante o período de estágio as alunas deverão desenvolver estudos teóricos, terem acessos a relatórios das diversas ações que a organização desenvolve junto às comunidades indígenas, participarem de todo contexto prático, bem como, visitar uma das comunidades Kayapó para conhecer a cultura e o meio de sobrevivência indígena na floresta amazônica. A instituição procura sempre colaborar com este tipo de iniciativa, porque enxerga que modelo de desenvolvimento que respeita a natureza e as diferentes culturas assegura de fato o bem estar de todos.

Publicado por: institutokabu | junho 17, 2011

25.01 – Aldeia Pykany – Projeto Aldeia Limpa pelo PBA,

25.01 – o Instituto Kabu, atendendo pedido da comunidade indígena da aldeia Pykany que queria discutir e ajustar o projeto Aldeia Limpa pelo PBA, atendeu também uma solicitação emergencial denunciada pela comunidade referente mortandade de peixes no rio Jabui que deságua no rio Iriri bem próximo da aldeia. Não se sabe ainda qual é a causa, a comunidade supõem que seja metais pesados ou derramamento de combustíveis provenientes de algum garimpo clandestino rio acima. Contudo, foram coletadas amostras de água em 2 pontos no rio Jabui, conforme orientação do setor de engenharia química da empresa: Águas de Novo Progresso deste município. Dois Agentes Ambientais Indígenas Voluntários (Pinòtí e Paíre) da aldeia Pykany colaboraram com este trabalho, pois foram eles que indicaram os locais de pontos de coleta e coletam a água. Posteriormente durante o retorno do avião para Novo Progresso realizou-se monitoramento aéreo em setores do rio Jabui onde existe lagos próximo do rio e percebeu-se que de fato as águas dos lagos estavam com as cores esverdeadas, diferente do rio, provavelmente estava havendo proliferação de algas que pudesse interferir na oxigenação da água o que provocou mortandade de peixes em grande quantidade nesses lagos, que com as cheias acabou descendo no rio Jabui pelas correntezas. Porém, para sanar essas dúvidas, o Instituto Kabu encaminhará as amostras de água para um laboratório que tenha todas as condições de avaliá-las e fornecer um Laudo que aponte qual a situação da qualidade da água deste rio e qual providencia deverá ser tomada a partir deste diagnóstico.

Publicado por: institutokabu | junho 17, 2011

24 e 25.01 – Reunião de 2011 – Lideranças Menkrãgnoti

24 e 25.01 – o Instituto Kabu realizou a primeira reunião de 2011 com as lideranças Menkrãgnoti, com auxílio dos guerreiros mais esclarecidos que acompanham os projetos, entendem bem o português, para discutir sobre os recursos financeiros remanescente do PBA, ano de 2010 em função da paralisação do programa em outubro passado, como também o de 2011, que deverá ser liberado através do Termo Aditivo que atualiza e ajusta o PBA conforme sua realidade atual. A reunião aconteceu com auxílio do equipamento data show, foram apresentados os valores dos subprogramas de cada aldeia, onde cada interprete das aldeias ajudaram esclarecendo para as lideranças as quantidades financeiras exatas de cada projeto e demais subprogramas e como serão suas execuções em 2011. As lideranças estão cientes que quando o programa for novamente liberado pela FUNAI, haverá necessidade de mobilização urgente das comunidades para os trabalhos de coleta de castanhas, tendo em vista que estamos em pleno período da safra que vai de janeiro a março. Percebe-se também que paulatinamente com essa atitude transparente do Instituto Kabu em mostrar e discutir com eles os recursos disponíveis e as formas como será trabalhado, um amadurecimento das lideranças para lidar com planejamento financeiro, entretanto se trata de uma ação de longo prazo até que seja compreendida no geral pela população Menkrãgnoti.

18 a 21.01 – o Instituto Kabu comemora uma viagem oficial das lideranças Menkrãgnõtire para Brasília, onde ambos trataram de vários assuntos, um deles com o Presidente da FUNAI e o CGGAM sobre o PBA da BR-163, os esforços que estão sendo exercidos para propor de fato uma compreensão geral do povo Kayapó em torno das atividades ilegais e também sobre a liberação do programa, condição essencial para desenvolver os trabalhos do exercício 2011. A maior vitória veio das reuniões e conquistas que tiveram no DNIT – Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte, quando recebeu cópia da Publicação do Diário Oficial da União referente Termo de Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o DNIT/Instituto Kabu e FUNAI que tem por objetivo complementar as ações, metas e diretrizes de execução das medidas mitigadoras e compensatórias relativas ás aldeias indígenas Kayapó de Kubenkokre e Pykany (Terra Indígena Makrangnotire) e Bau (Terra Indígena Bau), situadas na área de influência direta das obras de pavimentação da BR 163/PA. O extrato do presente Termo de Cooperação Técnica na realidade estava publicado desde o dia 10.12.2010, contudo somente neste período o DNIT teve oportunidade de compartilhar o acordo com os Kayapó. Neste acordo, o DNIT está doando 06 veículos para o Instituto Kabu, sendo que 02 unidades a instituição fará uma doação para o Pólo Base de Saúde Indígena de Novo Progresso, 03 unidades serão repassadas para cada uma das aldeias (kubenkokre, Pykany e Bau) e 01 ficará a disposição da coordenação. Está sendo tramitada também dentro do DNIT a Licitação para construção da Casa de Saúde Indígena (atualmente precário) e o Centro Cultural Kayapó. Todas essas ações estruturantes complementam as atividades do PBA e fortalecem ainda mais os Kayapó porque tais ações incidem diretamente na melhoria da qualidade de vida de suas comunidades.

Dias 12 a 15.01 na Terra Indígena Bau, o Instituto Kabu juntamente com a FUNAI – Coordenação Técnica Local de Novo Progresso-PA, executaram definitivamente suas ações da retirada de garimpeiros da Terra Indígena Bau. O alvo deste trabalho foi promover a retirada desses garimpeiros como uma forma de cumprir uma condicionante do PBA (Programa Básico Ambiental de mitigação de impactos ambientais) da BR-163 executado pelo Instituto Kabu, visando não acontecer atividades ilegais nas Terras Indígenas enquanto existir o programa. A FUNAI, principal parceira do Instituto Kabu apoiou financeiramente este trabalho conseguindo combustíveis para deslocamentos terrestres e aquáticos e viabilizando técnicos para fazer o acompanhamento. Coube ao Instituto Kabu com o apoio das organizações parceiras e governo brasileiro apoiarem a realização completa desta missão, que afinal teve profundo cunho educativo, os agentes Kayapó cumpriram à risca as orientações da Coordenação de Gestão Ambiental da FUNAI Brasília, tendo em vista que não se poderia tomar nada, subtrair nenhum objeto dos infratores durante a vigilância. Outro ponto importante foram orientações para dar prazo aos garimpeiros se retirarem da área, advertindo-os que a área seria monitorada novamente em qualquer tempo e os objetos deles seriam retidos caso permanecessem na área. A segunda orientação foi mais difícil dos Kayapó obedecerem, pois os mesmos solicitaram retiradas imediatas dos garimpeiros, explanaram isso para os mesmos com muita determinação, explicaram que suas atividades estavam lhes prejudicando, que estavam tirando suas oportunidades. No rio Curuá onde encontraram 02 grandes balsas se sucção. Um dos quesitos positivos dessa expedição foram as participações de todas as aldeias (Kubenkokre, Pykany e Bau), lideranças, técnicos, com o compromisso de cumprir com os atos constitucionais relacionados com a proteção das Terras Indígenas. Um dos quesitos negativos foi a impossibilidade de realizar pousos de aeronave em garimpos de pistas curtas, pois devido ao mau tempo (chuvoso e nublado) e risco para pouso, foi possível pelo menos registrar as coordenadas de cada local. Todo este trabalho gerou um relatório que o Instituto kabu encaminhou para FUNAI, lideranças discutiram com o presidente Marcio Meira e a CGGAM, buscando solução definitiva para os garimpos que estão em terra firme, solicitaram uma operação similar à executada na Terra Indígena Kayapó, área de Gorotire. Recebeu do presidente a promessa de que a FUNAI e o IBAMA estariam planejando uma operação especial conjunta com o propósito de somar esforços junto às comunidades para extirpar a atividade garimpeira definitivamente da TI Bau. O Instituto Kabu e a FUNAI CTL de Novo Progresso, junto das comunidades de Kubenkokre e Pykany, as mais prejudicadas com a paralisação do PBA, continuarão articulando com a comunidade de Bau propondo novos meios de sobrevivência e alertando-a que se houver continuidade do garimpo mecanizado, um dia a situação pode trazer complicações sérias em detrimento de a atividade ilegal ser absolutamente inaceitável.

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