terça-feira, 15 de dezembro de 2009

As Diferentes Análises do Discurso

Como já analisado nos últimos posts, a AD propõe um novo objeto de estudo, diferente da língua; a AD propõeo DISCURSO como um novo objeto analítico, o que permite que enunciadores estejam num mesmo nível, considerando as lutas de classes.

DISCURSO COMO PROCESSO DISCURSIVO

A sociolgg diz que a lgm está estritamente ligada às comunidades lggs e cultural de onde estão inscritas. A lg utiliza por vários grupos sociais, mas muda como a lg é imobilizada os grupos e como estes grupos lggs a utilizam.
O esteriótipo é construido pelos e por sujeitos (conceito que está ligadoao que foi discutido no último post que se refere às FORMAÇÕES IMAGINÁRIAS).: o que muda são as condições de produção, fazendo com que as posições ideológicas mudem juntamente com os conceitos e seus respectivos efeitos de sentido.
Isso determina levar em consideração as FIs que são relações sócio-histórico. As FIs fornecem materiais para se analizar caracterizando-se como elementos do PRÉ-CONSTRUÍDO.
A relação entre o MUNDO ea LG não é direta. As ideologias do mundo passa pelo PRÉ-CONSTRUÍDO e depois passa a relacionarce com a lg.
Pêcheux diz que para considerar escolhas sintáticas e/ou lggs, mas é preciso considerar as ideologias que interpelam o sujeito. Desta forma "critica" a teoria dos traços que adveio de Saussure. Ou seja, um discurso embasa-se em questões ideológicas, podendo ser ampliadas ao 'extra-texto', para realisar a análise.
A AD fornece ferramentas para a determinação dos sentidos, podendo textos que são atravessados pelo pré-construído, que é a organização dos elementos.
Os lugares que determinam como um dado discurso/objetos vai ser construído pelas FDs, lugares onde as ideologias se engendram e como elas se inscrevem em relação a outros discursos., ou seja, o espaço que delimita os discursos.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Análise do Discurso: contexto histórico

A AD de linha francesa surge com Michael Pêcheux, como uma teoria altusseriana da lggm.
Pêcheux queria construir teorias abrangentes das ideologias a partir do mirante lgg, como é possível entender a lg sob a luza da ideologia.
Não pensa-se a lg como objeto de estudo, mas apresenta-se um novo objeto analítico: o DISCURSO, que, inicialmente, foi direcionado à política.
Isso fez com que a AD ficasse estabelecida como uma teoria de leitura, o que permite pensar num projeto político científico que procurava mostrar as classes como estavam submissas, além de fazer avançar os estudos lggs.
A AD emerge com o embricamento de 3 regiões do conhecimento:
marxismo;
psicanálise;
estruturalismo lgg.
A AD faz que estas 3 áreas se relacionem, revelem e até corrijam suas fragilidades:
  • considerava que a lg era totalmente transparente e livre de mal entendidos (lggs) entre os sujeitos falantes;
  • o incosciente seria ahistórico, não sendo determinado pela ideologia;
  • considerava o que Saussure excluiu (explicado nos últimos posts).
Além de misturar esses três campos do conhecimento, a AD questiona usas fragilidades, demonstradas anteriormente.
As teorias da AD não procura saber quais ferramentas fazem dum texto ser um texto, mas procura evidenciar como a ideologia e a história estão marcadas dentro do texto.
Essas teorias partem da ideia de que existe uma relação entre vários discursos ou algo que FOI DITO (em algum lugar e num dado momento histórico) e o QUE É DITO, tornando-se indissociáveis.
A categoria analítica determinará o arcabouço teórico para determinar e esclarecer a análise; desta forma, não é uma teoria pronta e acabada em si mesma.
Quando Pêcheux propõe suas teorias ele demonstra um programa de estatística lgg, capaz de analizar os corpura (conjunto de textos) e identificar de forma automatizada os discursos e interpretá-los.
Segundo DENISE MALDIDIER, os trabalhos de Pêcheux dividem-se em 3 fases:
  • grandes contruções;
  • tateamentos;
  • desconstruções.

O discurso para Pêcheux determina-se em algumas FDs e em quais veículos circulam. Além disso, deve-se considerar, sobretudo, as CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO (CP) dos discursos. Se mudarmos as condições de produção mudan-se os EFEITOS DE SENTIDO.
As CPs estão intrissicamente ligadas ao que Pêcheux formula como FORMAÇÕES IMAGINÁRIAS: quando um interlocutor assume a posição de um interlocutor "A" faz uma imagem de si mesmo e dos referentes (do que está falando), para se referir ao interlocutor que assume a posição de "B".
Ambos constroem imagnes uns dos outors, fazendo com que dê espaço ao que PODE ser dito e o que DEVE ser dito.
Essas Formações Imaginárias constroem relações sociais de poder, considerando o lugar social em que os sujeitos estão inscritos. Para identificar tais formações é possível analisar os discursos entre interlocutores.
Assim, toda reflexão desebocará na HETEROGENEIDADE DISCURSIVA, que aponta, intimamente, para o conceito de interdiscurso (discutido anteriormente).


O Materialismo Histórico na língua: A análise do Discurso de orientação francesa

A Análise do Discurso (AD) surge tentando dar conta o que Saussure teria excluído de suas análises: a história, o referente e o sujeito. Pensa-se num SUJEITO que é determinado pela ideologia; HISTÓRIA enquanto embate entre lutas de classes; já o REFERENTE é construído no e pelo discurso, ou seja, discursivamente.
Mas existem pelo menos quatro posicionamentos/modos de se pensar acerca do discurso:
  1. na linha de Pêcheux
  2. na linha de Foucalt
  3. na linha de Baktin
  4. na linha de Norman Fairdough

1. Parte da ideia que o discurso é determinado pela história. Esta relação não é vista de forma cronológica, mas sim como classes de pessoas que entram em embates, e como eles se inscrevem na história. Isso se dá pelo discurso e ideologia (estando estes dois elementos em íntima relação), sendo que este está marcado naquele.
2. Pensa nas condições de erupção do discurso/enunciado; as condições que faz com que algo seja dito num dado momento histórico, o que faz com que num momento da história um discurso/enunciado de maneira "x" ganhe um status, sendo caracterizado como verdade, p.ex.
3. Pensar como a lggm é o produto da interação de indivíduos, além de relacionar a ideologia, o indivíduo e a história.
4. Pensa como determinadas lutas sociais se materializam em práticas discursivas e sociasi, logo, em práticas linguísticas.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Materialismo Histórico Dialético

Marx, precursor desta episteme, utiliza como base metodológica e teórica o materialismo econômico e polítco. Os economistas ingleses analisaram os processos civilizatórios, que tinha como base a "cultura erudita".
Esses analistas observaram que os produtores deveriam produzir mais excedentes de PRODUTOS, e que estes fossem consumidos. Assim, quebraria o sistema social que embasava-se no ESCRAVISMO, propondo a atualização para classes de pessoas CONSUMIDORAS e não produtoras.
Em meados de 1835, Marx instaura a ideia de MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO MHD).
Além dessa entrada econômica que Marx utilizou, ele buscou bases filosóficas para estabelecer o MHD. Marx coloca-se favorável ao pensamento que diz que o modo de vida que o indivíduo tem. o levará a pensar de tal modo.
Outro desdobramento filosófico foi pensar que todas as coisas que as pessoas tem, assim determina o indivíduo, mas não de forma obrigatória: uma ação gera um mundo mudado, e este gera uma mudança no indivíduo.
Quando pensas-se 'DIALÉTICA' deve-se pensar em 'relação estabelecida entre uma ponta e outra'. Já o pensamento sobre 'MATERIALISMO' advém do pensamento de que o que existe na nossa cabeça não nasce conosco, mas é construído no social, ou seja, nasce no mundo exterior, na matéria.
Para Marx, as pessoas só poderiam escolher as opções que a materialidade se põe, ou se mostra para cada um. Ou seja, a sociedade DETERMINA o sujeito e não o OBRIGA a ser algo ou a gostar de determinadas coisas.
Marx propõe que exista uma INFRA ESTRUTURA que seria o materialismo que faz manter algo ou a ESTRUTURA. Tal estruturação gera uma SUPER ESTRUTURA, ou seja, ter um 'esteriótipo' de alguma coisa, o modo de como algo é visto.
Isso tudo só advém porque existe uma base material para que a estrutura seja composta pela 'infra estrutura' e pela 'super estrutura'.
A teoria lgg entra no momento em que Backtin e seus 'discípulos' estudam a lggm de como os sentidos e a própria lggm nasce a partir das relações que se inscrevem entre dois sujeitos, logo, estudar as relações materiais que existem entre eles.

Dica: Clique no nome dos teóricos que são introduzidos no interior das minhas anotações e conheça um pouco mais de suas vidas e teorias!

Gerativismo - Competência e Desempenho

Alguns teóricos aproximam estes dois conceitos entre 'langue' e 'parole',[ conceitos propostos por Saussure para distinguir 'língua' da 'fala'].
Mas esta aproximação é errada, uma vez que as duas teorias foram criadas em epistemes diferente.
COMPETÊNCIA - gramatical; é o saber lgg abstrato que temos em nossa mente. Capacidade de reconhecer o que é gramatica e agramatical, de acordo com o sistema lgg assumido.
O uso da competência em situação de fala específica é que constitui o DESEMPENHO lgg: a competência é um saber e o desempenho é o fazer.
Ou seja, a aplicação das regras dá-se por meio do desempenho, enquanto que a aquisição das regras é por meio da competência.
Mas Chomsky preocupava-se com o FAZER (desempenho), enquanto base para o desenvolvimento de estudos da linguagem.

Gerativismo - Problemáticas e Aquisião e aprendizagem da lggm

Chomsky apresenta 2 problemas que podem ser levantados durante as passagens de seus estudos:
  • PROBLEMA DE PLATÃO: é justamente o problema dos estímulos externos serem pobres [argumentados no último post]. Assim poder-se-ia aprender muito com muito pouco;
  • PROBLEMA DE ORWEL: é o contrário do problema de Platão. Um sujeito submetido a um número infinito de informações acabaria selecionando somente alguns destes estímulos/informações. Este problema remete pensar, também, como NÃO assimilar passivamente os conteúdos, ou seja, que escolhas faremos para ficar de um lado ou do outro de um dado assunto, p.ex.
Segundo Chomsky, o primeiro problema seria o mais importante para o desenvolvimento dos estudos sobre a lggm.

AQUISIÇÃO E APRENDIZAGEM DA LGGM

Para Chomsky, a lggm seria da ordem da aquisição (adquirida), uma vez que qualquer individuo em qualquer parte do mundo nasce com princípios/universais lggs, que ajuda a organizar os estímulos verbais deficientes em estruturas complexas.
Diferente da leitura e da esqurita que seriam conhecimentos aprendidos e não adquiridos. Processos que dependem de esforço, exercício, prática, (...), o que ocorre no aprendizado de uma língua estrangeira, p.ex.
Os universais lggs são também hcamados de GRAMÁTICA UNIVERSAL - GU. A GU só é acessada de maneira espontânea e natural até um certo ponto da vida; geralmente, perto da puberdade. A partir de então o acesso a essa gramática no aprendizado de novas línguas, p.ex., adquire forma de exercício.

ESTÁGIO DA AQUISIÇÃO

  • DOS BALBUCIOS - logo aos primeiros meses de vida a criança produz e fixa sons que são falados ao redor dela (em +/- 6 meses);
  • SINTAXE - fase de produção de palavras isoladas, mas que tem valor de frase. Por exemplo 'MAMÃE'. Período que também é conhecido por período HOLOFRÁGIO.
  • APLICAÇÃO DE REGRAS - aos 18 meses a criança começa a adquirir a lggm e a aplicar poucas regras do sistema lgg que está inserida, produzindo infinitas sentenças.

Gerativismo - Conceitos Fundamentais

Segundo Chomsky, "pai do Gerativismo", a lggm seria uma capacidade (faculdade) mental que todos os seres humanos, e somente a eles, que diferencia dos animais. Esta capacidade é INATA ao homem, tendo como característica principal reproduzir uma materialidade sem que hajanecessidade de "trazer" esta materialidade à realidade.
Isso poderia remeter da discursão de que os animais também poderiam fazer isso, contudo suas "lggns" são códigos que só poderão ser compreendidos sob a análise de sua totalidade, sem que houvesse segmentação.
Chomsku coloca o conhecimento da lggm como parte de nossa biologia, sendo comprovada na "fase da criatividade" em que as criaças podem criar palavras que nunca ouviram, mesmo sendo submetidas a dados rudimentares, aos quais os pais as expõem. Isso quebra a teoriade que só falamos porque ouvimos e conseguimos REPRODUZIR algo escutado.


COMPORTAMENTALISMO E COGNITIVISMO

Skinner acreditava que o empreendimento lgg seria de "fora para dentro", ou seja, só poderia ter a capacidade de lggm aqueles que recebessem ESTÍMULOS LGGS EXTERNOS (assim como eram os estruturalistas, segundo Blumfield).
Mas Chomsky o contrapõe quando declara que os estímulos externos são muito pobres, assim, as crianças só poderiam fazer/construir estruturas pobres (com sintaxes pobres, p.ex.). Por isso, mesmo recebendo estes estímulos pobres as crianças poderiam (e podem) criar sentenças complexas.
Já o COGNITIVISMO acredita que o ser humano não nasce como uma "caixa vazia" como teorizavam os comportamentalistas, de linha behaviorista.