quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Edição do dia 16/02/2011 16/02/2011 08h44 - Atualizado em 16/02/2011 09h20 Lesões de Ronaldo levantam debate sobre limites do corpo humano O tempo tem ação importante sobre o corpo. Especialistas dizem que tem jeito de enfrentar essa situação, mas é preciso muita força de vontade.

Ao anunciar a aposentadoria, Ronaldo Fenômeno disse: ‘Perdi para o meu corpo’. Hoje não é só o Ronaldo. Sabemos que o tempo tem ação importante sobre o corpo e é preciso saber como enfrentar essa situação. Os especialistas dizem que tem jeito, mas é preciso muita força de vontade. Todos nós, atletas, ou não, sentimos o efeito do envelhecimento. As articulações sofrem primeiro. Depois são os músculos, os tendões e o metabolismo.
Não precisa muito: 30 anos neste mundo e o corpinho já começa a enviar pedidos de socorro. Isso não vale só para quem é sedentário. Vale também para os atletas - estes que fazem coisas quase sobre-humanas. Veja o exemplo de Ronaldo Fenômeno, que aos 34 anos sente dores no joelho ao subir a escada da casa dele.
Segundo os especialistas, o joelho é a articulação que mais sofre o impacto do corpo. Em cada passada durante uma corrida de uma pessoa de 55 quilos, por exemplo, os joelhos vão receber um impacto igual ao dobro do peso, ou seja, 110 quilos.
“A gente recebe uma carga de impacto muito grande durante a corrida. Os saltos, em todos os esportes. Você precisa ter a musculatura bem preparada para absorver esse impacto. Quando ela não esta bem preparada, a tendência é você desenvolver algum processo de lesão”, explica o especialista em fisiologia do esporte, Diego Leite de Barros.
O fisiologista explica que depois dos 30 anos a perda muscular é de 1% ao ano. A pessoa sedentária aos 60 anos terá perdido 30% da massa muscular. E um atleta? Se ele tem músculos fortes, por que tem dores que o obrigam a se aposentar?
“A partir dos 30 anos, a gente já começa a identificar essa perda de forca muscular, principalmente nas atividades que têm mais característica explosiva. Pegando de exemplo, o futebol: um atleta como Ronaldo, que depende da capacidade explosiva dele para fazer uma jogada e ganhar na velocidade do zagueiro, vai ter muito mais dificuldade do que um atleta que não depende tanto dessa característica. Hoje a gente vê o Rivaldo, que acabou de ser contratado pelo São Paulo, jogando com 38 anos, ainda em um nível alto, podendo jogar por um ou dois anos em alto rendimento. São atletas que não dependem tanto dessa característica explosiva”, desenvolve Diego.
“O atleta é super saudável, tem um coração maravilhoso, tem um pulmão que, nossa, os órgãos internos do atleta são perfeitos, mas os ligamentos e os tendões... são podres”, brinca a ex-jogadora de basquete Hortência Macari.
A campeã mundial de basquete começou a sentir dor nos joelhos aos 24 anos, no auge da sua carreira. “Permaneceu até os 36, que é o mesmo problema que o Ronaldo teve, só com uma diferença: ele operou e eu não operei. Eu decidi seguir com essa dor ate eu parar de jogar”, lembra.
Hoje, 15 anos depois de se aposentar, o joelho não dói mais. As dores agora são outras. “Tendinite no tendão de Aquiles. Eu tenho tendinite no tornozelo, tenho tendinite no ombro. Convivo com ela, mas aí, de repente, vou fazer um exercício e as costas travam”, diz Hortência.
Hortência aprendeu nas quadras a dura lição de encontrar a hora exata da despedida. “Você tem que aprender a respeitar o seu corpo. É muito difícil esse conflito que você tem da cabeça pensar com a genialidade que você sempre teve, mas o seu corpo não vai obedecer. Ele vai chegar com um, dois segundos de atraso, o que já é o suficiente para a defesa estar perto de você, para perder a bola, para tomar um toco. Aí você fica triste. Poxa, desaprendi a jogar? Não! É o seu corpo que não está te obedecendo mais”, conclui a ex-jogadora.
De acordo com os especialistas, a flexibilidade também diminui com o passar dos anos, por causa do encurtamento ou da atrofia muscular. É mais um motivo para fazer exercícios de alongamento, mas sempre com supervisão.

Veja evolução do salário mínimo desde sua criação, há 70 anos Em 1940, piso era R$ 1,2 mil em valores atuais. Em 1959, R$ 1,7 mil. Para Dieese, cálculo é 'controverso', mas mostra rumo do poder de compra.

O poder de compra do salário mínimo caiu consideravelmente 70 anos depois de o benefício ter sido criado, mostram dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nesta quarta (16), o Congresso começa a votar o reajuste do salário para 2011. O governo propôs R$ 545, mas parte da oposição pede R$ 600 - veja mais detalhes sobre a votação.
Quando foi instituído em 1940, durante o governo de Getúlio Vargas, o piso salarial valia R$ 1.202,29 em valores corrigidos pela inflação, conforme estudo do Dieese que leva em conta atualização com base no Índice do Custo de Vida (ICV) para a capital paulista. Em 1959, durante um período de crescimento econômico acelerado no governo de Juscelino Kubitschek, o mínimo chegou a R$ 1.732,28 em valores de 2011.
Entre as décadas de 60 e 80, o salário mínimo se manteve estável, em patamares que variam entre R$ 600 e R$ 700 em valores corrigidos. Nos anos 80 e 90, o piso salarial apresentou uma expressiva desvalorização: em janeiro de 1996, era equivalente a R$ 266,17 em cifras corrigidas. A partir de 2001, o mínimo voltou a se valorizar.
O quadro abaixo feito com dados atualizados pelo Dieese mostra a evolução do salário mínimo desde 1940 considerando os dados corrigidos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, 29% dos trabalhadores ocupados do país ganhavam até um salário mínimo.
Evolução do salário mínimo 18h (Foto: Editoria de Arte / G1)
O Dieese destacou, em estudo publicado na comemoração sobre os 70 anos do salário mínimo, que "pode ser controversa a consideração de valores reais por um período histórico tão longo, de cerca de 70 anos, com sucessivos ciclos de surtos inflacionários", mas que isso oferece uma boa demonstração da trajetória histórica do poder de compra do mínimo.
"Por exemplo, em 1959, se todo o salário mínimo fosse destinado à compra de carne, seriam adquiridos 85 kg do produto na capital de São Paulo; já em 1995, todo o mínimo conseguiria adquirir apenas 21 kg; e, em 2009, 37 kg", exemplifica o instituto.
"Pode-se argumentar que o tipo de estrutura de consumo e os padrões de vida da década de 1940 são tão distintos dos que vigoram atualmente que não faz sentido tentar comparar o poder aquisitivo ao longo de todo esse intervalo. Apesar das dificuldades da atualização de valores por um período de tempo tão longo e durante o qual o Brasil passou por tantas modificações políticas, sociais, culturais, demográficas e econômicas, o esforço de análise e reflexão sobre a evolução do salário mínimo deve ser empreendido", aponta o instituto.
O professor de macroeconomia Evaldo Alves, da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV), afirmou que realmente é uma comparação complexa. "Em primeiro lugar é complexo porque o Brasil teve várias moedas, real, cruzado, cruzeiro novo. E também porque passamos por um processo de hiperinflação, que desestrutura todo o sistema de preços. Em alguns momentos tivemos inflação de 80% ao mês. Num cenário deste, preços e valores perdem seus significados."
Alves diz, porém, que não ha dúvidas sobre a queda do poder de compra do mínimo: "O salário mínimo de Getúlio contemplava valores, uma cesta de produtos e serviços, que daria para o trabalhador viver dignamente. E com essa inflação toda, em 70 anos, o salário mínimo virou apenas uma referência. O mínimo foi sendo degradado. O governo vive fazendo pressão para diminuir o reajuste. Isso tem impacto nos contratos com empresas, maior custo para o governo."
Fases do mínimo
O Dieese destaca que o salário mínimo é “um importante instrumento de regulação do mercado de trabalho. Atua como limite à superexploração e como freio à utilização da rotatividade do trabalho por parte dos empregadores, como forma de reduzir salários". Destaca ainda que o mínimo colabora para promoção da igualdade social, sexual, racial e regional.
A evolução dos valores do mínimo é dividida pelo instituto em oito fases: 1940-1945, fixação do mínimo; 1946-1951, rebaixamento do salário; 1952-1959, período com ganhos reais e significativos; 1960-1964, período razoável com inflação provocando efeito redutor dos ganhos; 1965-1975, arrocho em razão do período militar com perseguição a ações sindicais; 1976-1982, leve reação com reajustes semestrais; 1983-1994, nova corrosão com aceleração inflacionária e planos econômicos fracassados; e 1995 em diante, com a retomada da valorização do salário mínimo.
História
O salário mínimo começou a ser discutido na década de 30, com o marco regulatório das leis trabalhistas. No entanto, o decreto que instituiu o salário é de 1º de maio de 1940, criado para atender às necessidades básicas do trabalhador. Quando foi criado, foram implantados 14 salários mínimos, diferentes para cada região do país. Em 1984, o mínimo foi unificado no país.
Atualmente, o Dieese estima que o salário mínimo necessário no Brasil para atender as necessidades do cidadão, em dezembro de 2010, seria de R$ 2.227,53.
Confira abaixo o valor dos salários durante os últimos 70 anos corrigidos pela inflação e compare com o valor nominal a partir da instauração do Plano Real, em julho de 1994.
EVOLUÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO (*)
Ano (**)Valor para 2011 corrigido em R$ (***)Valor nominal (****)
19401202,29-
19421062,02-
19441127,26-
1946814,62-
1948506,17-
1950491,85-
19521257,94-
1954907,04-
19561222,35-
19581392,70-
19591732,28-
19601211,98-
19621147,48-
1964728,23-
1966854,35-
1968742,13-
1970729,20-
1972694,95-
1974627,23-
1976593,83-
1978633,32-
1980686,08-
1982758,77-
1984603,04-
1986527,60-
1988415,54-
1990414,15-
1992373,70-
1994346,4664,79
1996266,17100,00
1998280,89120,00
2000287,06136,00
2001301,58151,00
2002322,96180,00
2003308,57200,00
2004342,42240,00
2005351,17260,00
2006391,53300,00
2007443,41350,00
2008454,52380,00
2009467,92415,00
2010547,86510,00
2011540,00540,00
(*) Considerando os valores recebidos na cidade de São Paulo até 1984, quando o salário mínimo era diferente por região do país. Após esse ano, o mínimo foi unificado.
(**) No ano de 1940, é considerado o mês de julho, quando o salário mínimo foi instituído. Nos demais anos, é considerado o mês de janeiro.
(***) em valores de janeiro/2011 corrigidos pelo ICV/Dieese
(****) A partir da instituição do real, que começou a vigorar em julho de 1994. O dado de 1994 se refere ao mês de julho. Os demais anos apresentam dados de janeiro.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sobe para 520 número de mortos devido às chuvas na região serrana do Rio

A Defesa Civil do Rio informou na tarde desta sexta-feira que subiu para 230 o número de pessoas mortas na cidade de Nova Friburgo em decorrência das chuvas desta semana. Com isso, chega a 520 o total de óbitos na região serrana do Rio.
Além dos mortos em Friburgo, há registro ainda de vítima em Teresópolis (228), Petrópolis (41), Sumidouro (17) e São José do Vale do Rio Preto (4). Há ainda aos menos 7.780 pessoas desalojadas --foram para casa de amigos e familiares-- e outras 6.050 desabrigados, ou seja dependem de abrigos públicos.
Após as chuvas, agora, os moradores estão enfrentando saques em algumas das regiões afetadas pelos temporais. No centro de Teresópolis, várias lojas fecharam as portas na manhã de hoje. Um grupo de cinco jovens tentou furtar aparelhos celulares de uma loja da Claro, segundo a Polícia Militar.
Testemunhas afirmam que os suspeitos estavam armados e que gritavam pelas ruas que se tratava de um arrastão.
Em outras áreas há ainda boatos de novos deslizamentos e até de rompimentos de represas que assustam os moradores. Em Conselheiro Paulino, segundo distrito mais importante de Nova Friburgo, a reportagem presenciou a saída de centenas de pessoas do local a pé, correndo e com carros na contramão.
O pânico foi causado por boatos de que uma represa teria estourado e que a região seria inundada. O vendedor Robson Coelho, 22, seguia correndo para casa. "A princípio dizem que estourou uma represa, mas ninguém sabe o que aconteceu", disse.
TRAGÉDIA
De acordo com a professora Luci Hidalgo Nunes, doutora do Departamento de Geografia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os dados sobre o episódio são estimados por conta das dificuldades, à época, para localizar os corpos.
Mesmo assim, segundo a professora, é possível afirmar que o desastre na região serrana do Rio é a maior do Brasil.
As mortes também superam as das enchentes de 1966 e 1967 no mesmo Estado. O Rio sofre com os efeitos das tempestades desde 1700, de acordo com registros de jornais na época. Nunes cita relatos de 1711 sobre inundações e de 1756 de fortes chuvas e ventos com vítimas.
Como a reportagem mostrou hoje, mais de 30 projetos com medidas para minimizar os efeitos das enchentes estão parados no Congresso. As propostas vão de benefícios fiscais para quem doa recursos às vítimas das chuvas até informações solicitadas ao governo federal em tragédias passadas que nunca chegaram ao Legislativo.
CFSP

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Primeiras horas de Ronaldinho no Fla têm churrasco, cantoria e empolgação



Como não poderia ser diferente, os momentos que sucederam a oficialização da
contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo foram do jeito que o craque
gosta: churrasco, música e muita alegria. Na madrugada desta terça-feira, em uma
churrascaria da zona Oeste do Rio, o astro, seu irmão e empresário Assis,
dirigentes do Flamengo e o vice-presidente do Milan (Adriano Galliani),
oficializaram a transação, culminada com a empolgação puxada pela presidente do
clube, Patricia Amorim.

Momento da assinatura do contrato de Ronaldinho com o FlaMomento da assinatura do contrato de Ronaldinho com
o Fla (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

A ocasião teve caráter ainda mais festivo devido à comemoração pelos 40 anos
de Assis. Além dos protagonistas, marcaram presença familiares e amigos de
Ronaldinho e seu irmão.

A assinatura do contrato foi em uma sala anexa da churrascaria e, após as
formalidades, a presidente Patricia Amoriam puxou o hino do Flamengo e depois um
improvisado “olê, olá, o Ronaldinho vem aí e o bicho vai pegar”. Outros cânticos
dos torcedores rubro-negros também foram entoados.

Ronaldinho e Patricia Amorim juntos pelo FlaRonaldinho e Patricia Amorim juntos pelo
Fla
(Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

Ao deixar o local, Ronaldinho Gaúcho deu autógrafos aos poucos torcedores
ainda presentes do lado de fora, sempre colocando "Mengão” abaixo de seu
nome.

- Estou muito feliz. Muita emoção – limitou-se Ronaldinho Gaúcho, saindo em
seguida protegido por forte esquema de segurança.

Após uma verdadeira queda de braço com Palmeiras e Grêmio (que até já
preparara festa para receber o craque), o Flamengo apresentará o novo camisa 10
da Gávea oficialmente na quarta-feira, porém ainda sem local definido. A
diretoria do Fla, no entanto, deverá anunciar nesta terça onde será o primeiro
encontro oficial do astro com a imprensa e a torcida rubro-negra. Dia 12 de
janeiro, portanto, será dia de festa para a Nação e entrará definitivamente na
história do centenário clube carioca.
 

domingo, 9 de janeiro de 2011

Professor: Cinco mil candidatos não comparecem


De acordo com a Saeb, não houve registros de transtornos durante a aplicação das provas
Mais de 5 mil candidatos inscritos no concurso público, para seleção de professores da rede estadual de ensino, não compareceram aos locais de aplicação das provas, realizada neste domingo (9). Os dados da Secretaria de Administração da Bahia (Saeb) indicam abstenção geral de 11,5%.  Em Salvador, dos 11.253 inscritos, 2.118 se ausentaram. No interior, a abstenção foi de 9,1%, e totalizou 3.070 faltosos. Pouco mais de 45 mil pessoas se inscreveram para o concurso público que oferece 3,2 mil vagas. A divulgação do gabarito está prevista para as 19h da terça-feira (11), no site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos – Cespe/UnB. O resultado das provas objetivas e o resultado da prova discursiva estão previstos para o dia 9 de fevereiro. O resultado final deve ser divulgado até final de abril deste ano. Informações por BN

Jovem é assassinado dentro de casa no Campo Limpo

Leandro dos Santos, que tinha 18 anos, foi assassinado com vários tiros no interior de uma casa localizada no conjunto José Ronaldo, no bairro do Campo Limpo, por volta de 1h da madrugada deste domingo (9).

A vítima residia na rua Eugênio Pereira Silva, no bairro Sítio Novo e seu corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será necropsiado.

Redação do Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa

Cenário Econômico Brasileiro - Outubro 2006

A economia brasileira passa por um bom momento. A inflação está baixa e
alinhada com a meta da política econômica para 2006. O produto cresce em termos
reais. A demanda interna está aquecida. A balança comercial é positiva e tem
batido recordes sucessivos. As autoridades monetárias continuam promovendo uma
queda ordenada da taxa básica de juros, iniciada há um ano. A dívida externa
líquida foi zerada neste ano. O risco da dívida mobiliária federal interna
diminuiu significativamente, com a eliminação de sua parcela líquida indexada ao
dólar e com o aumento de sua parcela prefixada. O resultado primário do Governo
Central é superavitário em mais de 3% do PIB. O desemprego encontra-se
estabilizado no patamar de 10%, mas as renda média do trabalhador está
crescendo.