O blog migrou

agosto 21, 2009

O Poética migrou para cá, ó: AQUI

Agora dá pra seguir o blog e outros etecéteras.

Uhu!

Ela acordou tão cinza quanto o dia. E chovia tanto que encharcava toda a casa, toda a calçada, toda a rua… Nebulosa, confusa, fora de si. Hormonalmente descontrolada. O período pré-menstrual impõe à mulher a vulnerabilidade que ela anto recusa. Destrói seus limites racionais, deixando abertos todos os poros, como se fossem grandes passagens sem filtros, abrindo vãos tão cuidadosamente fechados para atravessar o dia a dia.

Sentou na cama. O que fazer? A vontade, nítida, tomava tdo o corpo, todos os músculos clamando por nada, nenhum movimento que os afetasse. um sono imenso lhe percorrendo inteira, mas havia obrigações a ser cumpridas, havia o dia, havia as crias, o trabalho, o juízo… Pensou consigo que naquele momento só o suicídio a salvaria. Mas não era isso o que queria. Queria apenas que o dia passasse rápido, para que pudesse voltar a fingir felicidade, sorrir para as pessoas, guardando pra si suas lágrimas.

Vieram o café, o beijo, o ônibus, as cobranças do trabalho, o pôr do sol.
E na noite fria, em frente ao mar, jogou nas ondas sua angústia, e com os olhos úmidos fechados, desejou urgentemente o amanhecer.

Vento no Litoral.

agosto 17, 2009

Faz tempo que te peço pra parar e vc, nada; sintetizo o meu querer em versos disformes, jogados em qualquer lugar em teclas, em letras diversas, em tontas.. qualquer coisa, qualquer coisa que me leve, que te leve, que nos leve de encontro uma à outra, só pra te falar… Dizer que é tão boba essa distância, que vc sem mim e eu sem vc somos qualquer coisa, porque somos, simplesmente; Mas que nos falta uma à outra e não venha me dizer que não.

Nunca disse que era bobagem o seu sentir; apenas te alertei que em meu coração há também quereres, quereres muitas vezes tão diversos quanto os seus. Mas há o seu lugar e esse, ninguém nunca vai ocupar.

E esse papo dos dois corpos no mesmo lugar no espaço… poxa, isso nunca iria existir sem o seu consentimento; porque vc nasceu comigo e eu posso amar o mundo inteiro e, ainda assim, sobrar amor para vc. Mas infelizmente meu grito já é mudo e vc nunca quis ouví-lo de verdade. Pois perdeu-se num egoísmo exarcebado e nunca parou pra perguntar: Mas afinal, “o que vc quer, o que vc sabe? Não é fácil pra mim.. meu fogo também me arde”.

Eu vou seguir sentindo sua falta. Não como antes, porque mudam as estações e as flores murcham, quando não são regadas; Mas vou seguir sabendo de ti de longe, me fazendo presente em pensamentos bons, rezando pra vc antes de dormir, soprando ao vento meus fluidos positivos e desejando que seu coração se acalme e que vc seja feliz, feliz de verdade, sem sorrisos falsos ou nervosos… desejando que um dia consiga enxergar outros lados dessa verdade que se impôs e que me impôs, sem perguntar se doeria em mim ou não.

Amo vc como sempre amei: apesar de. Porque só amamos verdadeiramente assim, é oq ue acredito. Porque amar pelos motivos óbvios – seu sorriso lindo quando fica envergonhada, ou a maneira como senta parecendo um sapo ou mesmo o bico que fz quando algo te desagrada – ah… isso é fácil. Difícil é amar oq ue não condiz. E eu amo. Mesmo sabendo hoje que isso não signifique nada, mesmo tendo dúvidas se algum dia significou. Mas é isso, eu amo.

E dentre todas as tristezas que esse afastamento tráz, a maior delas é perceber que não fui a única a ser deixada pra trás, mas tantos o foram, como Juan, por exemplo. Por isso é que, estando nós em agosto, eu decidi internamente já faz um tempo e venho agora lavrar com palavra a promessa que fiz a mim mesma: O dia 3 de novembro, quando meu filho completar oito anos neste mundo, será também o meu último dia a te esperar. Lá estará o seu lugar, como sempre. Sem interrupções, sem presenças que lhe façam mal – não porque não as quero por perto ou porque sejam pouco importantes pra mim. Não tenho porque negar nada disso -, mas porque se algum dia vc tivesse tido a coragem de vir conversar comigo pessoalmente antes de me excluir da sua vida tirando suas próprias conclusões precipitadas, saberia que jamais haveria um confronto promulgado, calculado; jamais haveria uma alienação de sua verdade. Apenas seriam separadas as coisas, cada qual em seu momento, como sempre haverá de ser no mundo real onde nem todas as pessoas são afins e convivem harmoniosamente.

Enfim, eu irei lhe esperar. Lhe enviarei o convite e esperarei sua presença. E daqui até lá resguardarei minhas forças e guardarei minhas lágrimas, pois haverá de ser o último dia que por vc chorarei em função desta dor que voluntariamente me causou.

Não pretendo guardar mágoas nem rancores; não vou lhe virar o rosto nem maldizer seu nome. Jamais. Mas fique certa de que da minha parte não haverá mais retorno. Porque o tempo não pára. Mas em algum momento, precisamos aprender a excluir das nossas vidas certos espinhos que nos impomos a aguentar.

“a janela é ausencia de parede
a parede é algo de concreto
a parede é caminho para o teto
e o teto é o chão em contraplano
a torneira é a conclusão do cano
e o cano é parede para a água
a paixão é introdução pra mágoa
e a água uma trégua para a sede
e a sede uma fome liquefeita”

Negocinho inteligente, mas não descobri de quem é. Quem souber me conta, ok?

Passando pra passar. Porque quem não passa despassa e “eu também quero beijar”.

Xô contar as novas. Mudei de setor, mas não dá pra espalhar ainda, porque tô em fase de análise e ainda não sei mensurar o lado bom e o ruim, saca? POis sim;
O bombombom do momento está por conta da Oficina de Texto que já começou! A primeira aula foi na terça, delícia total; e a p´roxima ficou pra próxima terça, dia 11. As alunas levaram maçanzinha pra pró, conforme solicitado, mas a pró, surtada, esqueceu de levar. Bem típico da pessoa aqui, né? Já estou ansiosa para a próxima aula, pois iniciaremos nossa viagem sinestésica pelo mundo das palavras e quem viver, verá.

Deixa eu aproveitar pra pedir desculpas públicas à Claudinha, porque não fui pra o seu bota fora no último sábado. Não deu. Mas foram motivos esclerosados, daqueles que vc usa como desculpa mas se mata depois por não ter feito algo que queria muito, sacomé?

Enfim: aquelas mesmas saudades do tempo de escrever mais aqui. As tintas e o papel continuam bombando na madrugada, juntamente com as cervejas que voltei a tomar depois que resolveram pagar meus salários atrasados. No mais, ainda buscando um amor, de coração seco, sem paixões físicas e precisando, com certa urgência, dar comida ao corpo.

Bjos procês e intémaisvê.

“Isa, cadê vc?”

julho 29, 2009

Comentário:
Isa, cadê vc?

É mesmo… sumi daqui, vixe! Mas “ah, quanto querer cabe em meu coração”…
Não desisti do poéticas!!!! Não, não, não! Mas é que os tempos andam aflitos, as mãos ocupadas a traçar outras linhas e, depois do São João, nossa… mil correrias.

Ta, eu sei que pra você o São João acabou em junho, mas o meu estava em vias de finalização até ontem e só acabou hoje. Pois é. Porque depois da festa vem as considerações sobre a mesma, relatórios e mais relatórios pra compilar, números para analisar e lá vai fumaça…

De junho pra cá acredito que abri o Poética duas vezes: uma não lembro quando e outra agora, para postar esse texto, depois de me ver impelida a escrevê-lo ao ler o comentário aí acima, de Cacau. E os blog em geral, tenho lido pouco também. Sorte que alguns textos me chegam por email. Pra não ficar por fora de tudo, na hora da leitura virtual matinal, abro o Universo Bloguístico e vou linkando os mais atuais e lendo até não dar mais.

Enfim. Minhas atuais são: Três meses sem salário mas com filmes infantis em dia. Harry e Era do Gelo riscados da lista, o segundo com vibrações muito maiores; alguns projetos fugindo da gaveta e tomando novo ar; preparando exposição das esculturas de massinha de Juan; Medo e Delírio em Lãs Vegas junto com A Guerra dos Gibis disputando os meu olhar e um pedido de demissão recusado.

Eu quero voltar. Tenho escrito todos os dias, mas no papel, em casa, sob o silêncio mentiroso da madrugada, sentada na tampa fria da latrina do meu banheiro aconchegante. São muitas as palavras, mas são frases silenciosas, que não caberiam aqui…

No mais, querendo mais, sempre.

Desejando que alguém que amo tanto acorde e perceba que a vida não é tão cruel assim e que as pessoas não podem ser julgadas por uma atitude apenas, que ninguém tem o direito de julgar o outro com tanta covardia e que dois corpos não precisam disputar o mesmo lugar no espaço, simplesmente porque eles podem ter o seu próprio lugar.

É isso. “Caminhando e cantando”, mas atenta à canção, antes de seguí-la.

Pois é. Tempão longe daqui.
Ultimamente me sobram madrugadas e tintas de caneta no papel. Em papéis dos mais diversos, é bom que se diga. O que vale é a palavra solta, perpetuando em mim sentidos, mais nada. Ou tudo isso, quem vai saber?
Ando ainda naquela pindaiba dinheirística: salários atrasados, vó doente, mãe sem rumo, prima muda. Coisas que a gente não pode mudar escolhendo as pípulas vermelhas ou azuis de Matrix porque vai dar em nada. Ou tudo isso.

Mas juan tá ótimo, então eu tento me agarrar nisso e continuar. E ando entendendo que as pessoas que se calam para nós também calam para si uma voz. E eu não tõ mais afim de ficar berrando pra ninguém, sabe?
Ah Claudinha, eu queria te mandar uma resposta por email, sobre o seu comentário no post anterior; mas não tenho um jogo de palavras exato para usar agora e juntá-las todas só pra dizer que te amo… é melhor eu dizer assim, rápido. E explícito mesmo.

Agora noite, quase nove, eu aqui no Pelô ainda. Hoje tem primeiro ensaio do afrodisíaco, do Jauperi, ou das duas coisas juntas. O hômi é bom, o babado é caro, é na Tereza e vai rolar todas as quintas do mês de julho. Gostaram do lead? Sim, fácil de fazer. Quero ver é levantar o ravo da cadeira e ir colher os depoimentos da galera no show. Certo, certo….

Finalmente estou lendo Medo e Delírio em Las Vegas, do Thompson. Leo disse: “boa menina” e de fato, já tava na hora. Desde que descobri que existia Jornalismo Gonzo eu me reviro em outras linhas pra chegar naquelas e depois de uma peripécia na Saraiva, agora sou dona delas. (Ser DONA é ótimo né? Arf. “parece cocaína, mas é só tristeza” ok?, nunca esqueçam a lição de tio renato).

Enfim.
Passei pro blog não murchar. Porque eu me reviro na cadeira e grito aos quatro cantos que ‘vou acabar com aquilo alí’, mas na verdade, basta uma chegadinha, uma olhadinha e puft. já gosto de novo dele.

Agora deixa eu ir dançar e olhar a camisa branca de Jau. e a calça possivelmente branca também. e a transparência dela, que há de estar lá.

Fui.

Ver…

julho 1, 2009

“Vermelhos são seus olhos”

Promessas e espinha.

junho 24, 2009

Quero desenhar. Pintar também. E comprar continhas, pra fazer colar.
Porque essa vida não artesanal que tenho levado, meus caros, não me leva mais. Ando á flor da pele, com vontades outras, com desejo de volver em mim. Já faz um tempo que penso isso. Mas só pensamento, sem ação. Daí que finjo que vou passar na Carlos Gomes para resolver e nada faço. Mas chegou a hora de parar com o papo e respeitar meus ditos. Então amanhã, dia de folga ditada depois desse São João intenso mas não prazeroso, vou colorir minha sacola e levar pra casa novas idéias, para preencher uns vãos que estão aqui.

Quem vai gostar muito disso será meu cavalete, que passou um ano em pé, encostado num cantinho, recamando pela falta de atenção. Ele vai sorrir feliz de ser usado novamente e vai manter-se firme até a última pincelada, eu sei… E quem também vai gostar muito são os pincéis e as folhas de papel que tem pouco sido gastas, apesar da companhia de Juan, que as adora também.

E os arames e os alicates também vão ficar felizes. Eles são mais rebeldes e enferrujados, chamam minha atenção com gritos mais fortes, pois não sabem esperar quietos, pensam logo em suicídio. Nós já conversamos e obsoletos não vão ficar. Uma pitadinha de óleo aqui, outra acolá e em pouco tempo já se esticam como antes.

Pausa para conversa com Filipe no MSN:

F. diz:
tô com uma espinha de sardinha na garganta
F. diz:
o q é q eu faço?
Isa Lorena. diz:
agora?
Isa Lorena. diz:
come banana que desce
Isa Lorena. diz:
tem banana?
F. diz:
n tem
F. diz:
já comi farinha
F. diz:
nada
Isa Lorena. diz:
….
Isa Lorena. diz:
farinha é foda
F. diz:
minha mae
F. diz:
rs
Isa Lorena. diz:
tá lá em baixo ou mais pra cima?
F. diz:
em cima
Isa Lorena. diz:
pede uma banana na vizinha
F. diz:
Poxa
Isa Lorena. diz:
então tá uma super tossida e faz que vai vomitar
Isa Lorena. diz:
a espinha se assusta e sai
F. diz:
já tentei isso tb
F. diz:

Isa Lorena. diz:
então se jogue aí de cima
F. diz:

F. diz:
aFF
Isa Lorena. diz:
suicídio é o que resta
(…)
Isa Lorena. diz:
sério que vc tá total engasgado?
Isa Lorena. diz:
tá atravessada é?
F. diz:
n tô engasgado n
F. diz:
ela tá presa
F. diz:
e tá incomodando bastante
Isa Lorena. diz:
mas ela pode furar suas cordas vocais
F. diz:
sa Lorena. diz:
aí suas palavras vão escapar todas
Isa Lorena. diz:
rs
(…)
Isa Lorena. diz:
já sei!
F. diz:
porra véi
F. diz:
o q?
Isa Lorena. diz:
vai no banheiro
Isa Lorena. diz:
e bate uma.
F. diz:
haha
Isa Lorena. diz:
quem sabe gozando vc não esquece ela…
F. diz:
Poxa
F. diz:
tô pensando q é coisa séria
Isa Lorena. diz:
desculpa amô
F. diz:
espinha de sardinha é fina mais incomoda
F. diz:
rs
Isa Lorena. diz:
é que só vc pra se engasgar com uma epinha em pleno são joão.
Isa Lorena. diz:
tanta coisa pra comer
Isa Lorena. diz:
pamonha
F. diz:
kkkkkkkkk
Isa Lorena. diz:
milho
Isa Lorena. diz:
canjica…
F. diz:
ADOOOORO
Isa Lorena. diz:
e vc vai justo comer peixe
Isa Lorena. diz:
NÃO É SEXTA FEIRA SANTA CARALHO!
.

Através deste, outros links para textos sobre o Fim da obrigatoriedade do diploma para Jornalistas. Uma provocativa de lá e a passagem logo abaixo.
“Guardadas as devidas proporções, os desafios que se apresentam são semelhantes aos de um recém-formado na área: a conquista do canudo é só o começo. Importante, mas só o começo. Com o diploma assegurado, temos mais em que pensar”

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=353DAC001

Provocações..

junho 24, 2009

Pra esquentar o São João, tem texto novo na Outra Casa.

Bons delírios..