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Segue a indicação de uma exposição que vale a pena ver:

Eu já fui e adorei.

Somos presenteados com uma variedade de temas fotográficos. Desde retratos humanistas que prendem o olhar do espectador mais desatento, passando por imagens que representam o foto jornalismo descomprometido e longe dos formalismos habituais, terminando em fortes composições paisagistas/urbanas que transpiram poesia.

Um bom domínio da técnica fotográfica, não se prendendo apenas ao simples registo como eleva a fotografia ao patamar artístico.

Mais informações em : http://www.anafilipascarpa.blogspot.com/

Metering Mode

Os fotógrafos profissionais sabem que uma medição correcta da luz significa a diferença entre uma fotografia normal e uma fotografia fantástica! 

Dentro da máquina fotográfica existe um sensor que mede a luz numa ou várias áreas da imagem. Depois existe um sistema interno que permite definir o modo (mode) para calcular (meter) a melhor exposição nas condições de luz existentes na cena a ser fotografada. Algumas das câmaras têm mais do que um modo e esta configuração pode estar mais ou menos escondida, variando de máquina para máquina.

Portanto se a tua máquina tem mais do que um modo, convêm saber para que serve cada um, de forma a produzir a melhor fotografia em determinada ambiente de luz!

Quando se pressiona o botão para tirar a foto, em primeiro lugar pressiona-se até metade para a câmara focar o assunto principal e depois continua-se a pressionar até tirar a foto! Neste passo em que a câmara faz a focagem do cenário, ela também avalia as condições de luz, de acordo com o “metering mode” definido e processa essa informação para calcular a abertura (os tais F’s) e velocidades mais adequadas! 

Existem, principalmente, três modos:

  • Matricial (Evaluative ou Matrix)
  • Pontual  (Partial ou Spot)
  • Média Centrada (Center-Weighted Average)

 

Evaluative ou Matrix Metering Mode

A imagem é divida em “n” zonas (o número de zonas depende da marca e modelo da câmara). De seguida é feita a avaliação da exposição em cada uma dessas zonas e é calculada uma média. Neste modo a câmara detecta o assunto e as condições de luz em toda a cena (brilho, front e  background do assunto).

É o modo usado, especialmente quando existem muitos contrastes na cena ou muita variação de luz. Exemplo: áreas muito escuras e muito claras na mesma imagem.

Partial or Spot Metering Mode

O modo Spot /Partial não mede a exposição sobre todas as áreas da imagem. A única parte sobre a qual é medida a exposição é a zona central,  o tamanho desta zona  depende, no caso Spot  trata-se de uma pequena área no caso Partial esta área é um pouco maior. Todas as restantes áreas da imagem, são ignoradas.

Em situações específicas, o modo parcial ou pontual é aconselhado! Por exemplo uma criança em frente a uma janela, num dia de sol. Utiliza-se uma medição pontual, sobre a criança, para que esta não fique “queimada”, muito exposta, na foto. Também em retratos e silhuetas este modo é o aconselhável.

Center-Weighted Average Mode

Semelhante ao modo evaluative metering, este método avalia a exposição das várias zonas e faz uma média, contudo a área central da imagem, tem mais peso no cálculo dessa média. É uma boa opção para usar em fotografias de grupo.

 

Aprender a usar os diferentes modos de exposição que a câmara tem, é uma grande vantagem pois permite-nos ter o controlo sobre qual a parte que queremos expor mais e a fazer parte do processo criativo referente à exposição, sem que seja a própria câmara a tomar essa “decisão”. Contudo, por vezes é necessário fazer vários testes em diferentes modos, mas com o tempo e prática vai-se adquirindo a sensibilidade!

 Segue um conjunto de imagens tiradas da mesma cena, em modo P (programa), apenas controlei o modo de medição de luz. Resultou num conjunto de fotos em que a unica diferença foi a velocidade calculada.

ISO Speed   	      800
Av(Aperture Value)      F5.0
Focal Length            63,0 mm
Flash                   Off
White Balance           Auto
Exposure Compensation   0

Da esquerda para a direita:

  1. Centerweighted average metering        Tv(Shutter Speed)          1/25Sec.
  2. Spot                                                                    Tv(Shutter Speed)          1/40Sec.
  3. Partial metering                                            Tv(Shutter Speed)          1/25Sec.
  4. Evaluative metering                                    Tv(Shutter Speed)          1/20Sec.

Neste caso como a ideia era ter o cacto bem exposto mas também o contraste da sombra e da zona iluminada, a medição Partial Metering resultou melhor!  A medição foi feita sobre uma área que apanhou o cacto e a transição da luz do vaso, o que resultou bem relativamente ao contraste escuro do fundo e a linha de luz à frente do cacto.

( Entretanto não usei tripé…e algumas fotos sairam tremidas – mesmo com o establizador de imagem… com a distância focal utilizada 63 mm a velocidade máxima para não usar o tripé, seria de 1/63 seg,  mas isso é outra história! )

Para os mais curiosos:

http://en.wikipedia.org/wiki/Metering_mode

 

 

Quando se fotografa determinado tipo de arquitectura, muitas vezes vale a pena concentrarmo-nos em detalhes, inclusive numa pequena fracção da estrutura na composição, em vez de procurarmos colocar toda a construção no enquadramento.

Esta abordagem resulta particularmente bem com a arquitectura moderna, com linhas fortes e designs geométricos que se encaixam numa percepção abstracta.

Utilizando uma objectiva de longo alcance (150mm para cima), podemos destacar formas, padrões e combinações de tons e cores interessantes que são difíceis de realçar em fotografias panorâmicas.

Isto tem a vantagem de permitir esconder os turistas ou trânsito que se encontram ou atravessam sobre a arquitectura que estamos a registar no momento.

A fotografia, tal como a pintura, permitem criar arte abstracta.

Trata-se de um género fotográfico em que a essência é o registo da textura, cor e forma para permitir captar a imaginação e interpretação do espectador. Descarta a representação real do objecto no mundo real, quanto muito, concentra-se em pormenores do mundo real mas dando destaque aos arranjos de composição e combinação estética da cor e/ou da forma para compor a realidade da obra, de uma maneira “não representacional”.

Deixa de ser um simples “click” (mais ou menos apurado ) para passar a ser um mistério e um desafio à mente!

A fotografia abstracta pode tomar várias formas, sendo as mais comuns:

  • A abstracção do assunto

Isto envolve ver além da realidade para ver abstracções no assunto fotográfico.
O elemento principal pode não estar na foto mas sim na mensagem ou imagem que a foto transmite. Como analogia, pode-se utilizar o exemplo, do jogo de tentar visualizar animais nas formas das nuvens. Determina nuvem, é uma nuvem na realidade e não passa disso! Mas transmite a mensagem de se parecer com um elefante!

  • Captação de uma parte ou detalhe do assunto.

Registo de uma parte ou detalhe do assunto fotográfico que pode incluir uma parte do todo, que tenha algum valor artístico intrínseco. Isto exige extrair outras partes do assunto que também possam ter valor  artístico sobre a foto mas que no conjunto não representem um desafio à mente.

  • Abstracções colocadas sobre a foto

Podem-se incluir na foto, elementos que não são fazem parte da fotografia ou do cenário. Aqui entra a pós produção com a colocação de elementos (externos à imagem original) no resultado final, manipulação de cores, distorção da imagem ou inclusão de partes que não se enquadrem  ou façam parte do cenário inicial.

Deixo-vos alguns exemplos:

 

 

Algumas das regras que se aplicam na pintura, também se aplicam na fotografia. Uma delas é a regra dos três terços, para composição da imagem.

regra3_terços1

Esta regra é bastante útil, funcionando como regra de composição em muitas situações. Trata-se de uma forma simples de conseguir uma composição equilibrada. O enquadramento é dividido em nove rectângulos.

Os pontos chaves da fotografia são colocados numa ou mais intersecções, enquanto que as linhas chaves horizontais ou verticais ficam relacionadas com as da grelha.

regra3_terços2

Contudo, colocando o assunto no centro da imagem pode produzir fotos desafiadoras e poderosas, particularmente em retratos onde o sujeito olha directamente para baixo, interage com a câmara, ou existe uma simetria na cena.

 A quebra desta regra, pode dar uma variedade de interpretações à mesma cena!

 

A Película

A propósito do nome escolhido para o blog, aqui vai alguma teoria sobre a película!

“Película fotográfica ou filme fotográfico, é constituído por uma base plástica, geralmente triacetato de celulose, flexível e transparente, sobre a qual é depositada uma emulsão fotográfica. Esta é formada por uma fina camada de gelatina que contém cristais de sais de prata sensíveis à luz que chega a ela através da lente da câmera.
Os sais de prata, quimicamente chamados de haletos ou halogenetos de prata, podem ser mais ou menos sensíveis à luz. Então, há filmes que exigem maior quantidade de luz para registrar as imagens. Outros permitem o captação com menos luz. A essa propriedade dá-se o nome de sensibilidade.”

Blá..blá.blá… tirado do wikipédia! Para o que eu quero falar, apenas interessa dizer que existem filmes com sensibilidades diferentes à captação de luz.

Se quiserem continuar a ler sobre o filme podem ir directamente para o link : [http://pt.wikipedia.org/wiki/Filme_fotogr%C3%A1fico]

O ISO

No âmbito da fotografia digital, o ISO é a classificação dessa sensibilidade à luz. Quanto mais elevado for, mais sensível à luz será e menos tempo de exposição será necessário.
Os ISO’s mais comuns são: ISO 32, 50, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 1600 e 3200.

Na fotografia digital, como é sabido pelos comuns dos mortais, não existe o filme dentro da câmara! Existe sim um sensor que converte os sinais analógicos em digitais! E quando falamos de sensibilidade estamos a falar do tempo necessário para esse sensor captar a informação com o detalhe que queremos, ou seja com todos os pixéis que a máquina permite obter, preenchidos com informação!

Um ISO 400, preciso de 4 vezes menos tempo de exposição do que um ISO 100 para registar uma foto da mesma cena, é 4 vezes mais rápido. Acontece que isto, tem um pequeno contra! Quanto mais elevado for o ISO, mais ruído terá a foto, maior será o grão apresentado, ou seja a imagem perde detalhe, não regista toda a informação!

A maior parte das máquinas digitais tem uma opção para controlo do ISO (nem que esteja escondida por menus e mais menus!).

Ditam as regras que:

_MG_1158

ISO 100; F10; 1/40 (sem flash)
  • Quando existe muita luz (dias de sol, uso de flashs de grande potência) usam-se ISO’s baixos, tipo ISO 32 a ISO 100.
    Os resultados obtidos contêm grão excepcionalmente fino, o que proporciona boa definição nos detalhes e bom contraste, mesmo em grandes ampliações da foto. São indicados para fotografar retratos, paisagens e temas ligados à natureza.

 _MG_1020ed

ISO 200; F6.3; 1/125  (sem flash)
  •  Quando a luz varia e não é muito forte (dia de pouco sol, nublados, flash embutidos na câmara) usam-se ISO’s médios, tipo ISO 100 a ISO 400.

 _MG_0909

ISO 1600; F5.6; 1/20 (sem flash)
  •  Quando há pouca luz ou é preciso tirar uma foto de elevada velocidade (congelar o movimento) usam ISO’s altos, tipo 800 a ISO 3200.
    Os resultados obtidos apresentam um aspecto nitidamente granulado quando são ampliados.
    São indicados para fotografar ambientes externos a noite, museus, teatros e casas de espectáculos em geral sem necessidade de uso de flash ou fotos de acção.

 

Existe software para corrigir esse ruído ou grão que aparece na foto, resultante do ISO escolhido, O maravilhoso Photoshop faz isso!  Basicamente são algoritmos que fazem interpolação da informação! Para alguns já devo estar a falar chinês! Vou tentar arranjar uma analogia!

A interpolação

Imaginem uma matriz de 10 por 10 (isto seria a resolução!), e eu precisava de preencher cada quadrado da matriz com informação de cor ou luz! (basicamente é essa a informação que o sensor regista!).
Agora eu não tinha tempo para registar a informação toda e escolhia a opção para registar quadrícula sim, quadricula não!
Os quadrados sem informação, seriam os quadrados pretos, o grão ou seja o ruído!

Podia aplicar a interpolação, imaginando a primeira linha como:
[verde][vazio][verde][vazio][verde][vazio][verde][vazio][verde][vazio]

O que a interpolação iria fazer seria avaliar o que estava à volta de cada quadrado vazio e tentar “adivinhar” o que era para estar lá na realidade!

Iria sair qualquer coisa como:
[verde][verde][verde][verde][verde][verde][verde][verde][verde][verde]

E pronto, comecei com a película, passei pelo ISO e acabei na interpolação! 😀

Para os mais curiosos:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filme_fotogr%C3%A1fico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sensibilidade_ISO

Nunca vos aconteceu tirarem uma foto de uma cena e o resultado não ser o mesmo que estão a ver a olho nú? Vê-se o campo verde, mas não se vê as núvens! Ou vê-se a paisagem por trás da janela, mas não se vê o interior da sala, que ficou muito escuro… ou muito claro (dependendo da luz que estiver no exterior da janela)? E se tentamos regular a exposição para mostrar a sala, o exterior da janela resulta numa mancha de luz!

Isto resulta da dificuldade em captar imagens que envolvem grandes diferenças de contraste, uma vez que a máquina não possuí a capacidade do olho humano para registar as grandes amplitudes de contrastes.

Regra geral, o fotógrafo opta por escolher a zona do cenário que pretende destacar na composição da foto, ficando essa, na gama de captação de luz da câmara.

Este é um problema clássico da fotografia, contudo existem técnicas (filtros, software, difusores, etc…) que possibilitam reduzir ou mesmo anular este efeito e registar imagens magníficas!

Uma técnica bastante útil e que não exige o recurso a filtros é o HDR (High Dynamic Range), ou português, grande alcance dinâmico! Perdoem-me mas prefiro chamar-lhe HDR!

O HDR, é uma técnica que permite, através de várias fotos com diferentes exposições das altas luzes e das sombras, da mesma cena, criar uma imagem mista, que faz uma média com base na informação das diversas fotos. O resultado é uma imagem com o detalhe das imagens que lhe deram origem e com uma grande amplitude de exposição.

Engane-se quem pensa que esta técnica é aplicada apenas na foto digital! Ela foi desenvolvida entre 1930 e 1940 por Charles Wyckoff.

Não vou explicar como era feita no passado, mas indico os softwares que podem usar para aplicar esta técnica digitalmente.
Podem usar o Photoshop, mas pessoalmente eu prefiro o Photomatix.

Para vos abrir o apetite por esta técnica, deixo aqui algumas das minhas imagens obtidas com esta técnica:

Para os mais curiosos:
http://en.wikipedia.org/wiki/High_dynamic_range_imaging
http://www.techsupportalert.com/best-free-high-dynamic-range-hdr-software.htm

Software:
Photomatix Pro 3.1 – http://www.hdrsoft.com/download.html
easyHDR – http://www.easyhdr.com/

 

500fotografos

Se tinham dúvidas sobre o que fazer este sábado… agora opções não faltam! Ir à exposição e depois… correr para o pôr do sol… ou será ao contrário! 😀

 

http://olhares.aeiou.pt/eventos/500_fotografos_alcochete/

Foco definido

Focagem e pormenores bem definidos  é algo que qualquer fotógrafo procura na maior parte dos seus clicks! Pelo menos eu gosto de conseguir tirar uma foto bem definida e focada  – nítida!

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Contudo, aplicando o desfoque propositado ao assunto principal ou mesmo a toda a cena, podem-se obter  imagens abstractas e criativas, como se estivem por trás de uma cortina semi-transparente, dando origem a um ambiente de fantasia e romantismo.

Não confundir desfoque com difusão, mas isto da difusão (suavização da imagem usando filtros, lentes especiais ou software) fica para outro dia!

Existem duas estratégias para alcançar este desfoque propositado:
1 – Pode-se optar por escolher o ponto de foco, sobre um elemento menos importante da cena, colocado à frente ou atrás do elemento principal.

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2 – Desfocar completamente a cena, aplicando o ponto de foco, sobre algo que se encontra mais perto, mas fora da imagem que se pretende registar. (Pessoalmente, prefiro controlar este caso, aplicando o foco manual, neste caso… desfoque manual!)

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Em ambos os casos, opta-se por uma grande abertura, ex: f/1.8, f/2, f2.6, para se obter uma curta profundidade de campo.

Ao captar imagens completamente desfocadas, o assunto poderá ficar irreconhecível, a chave é desfocar o suficiente para permitir que o espectador descubra o que estava na imagem.

Inauguração da exposição fotográfica “O Sonho de Fidel” a realizar na Colorida Galeria de Arte, Sábado, 04 de Julho pelas 19h00.

Ramón Nuñez