O TRABALHO PEDAGÓGICO NO ESPAÇO ESCOLAR DO MST






1. INTRODUÇÃO.

A prática pedagógica dos agentes educacionais no momento atual, bem como a condução do processo ensino-aprendizagem na sociedade contemporânea, precisa ter como primícia a necessidade de uma reformulação pedagógica que priorize uma prática formadora para o desenvolvimento, onde a escola deixe de ser vista como uma obrigação a ser cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento intelectual que o motivará a participar do processo de desenvolvimento social, não como mero receptor de informações, mas como idealizador de práticas que favoreçam esse processo.

Na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Deve oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)

1.1 TEMA: O TRABALHO PEDAGÓGICO NO ESPAÇO ESCOLAR DO MST

O Setor de Educação, responsável por tratar da questão do direito à educação e à escola das crianças e dos jovens Sem Terra, foi articulado em nível nacional a partir de 1987. Atualmente o MST acompanha o trabalho de aproximadamente 950 escolas públicas de 1ª a 4ª séries e 50 escolas de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, em todo o país. Atinge cerca de 40 mil alunos e 1800 professores. Em alguns Estados também se desenvolvem experiências de alfabetização de adultos e de educação infantil. O MST vem, ainda, criando escolas alternativas em nível de Ensino Médio para jovens e adultos dos assentamentos que querem e precisam aprofundar sua qualificação técnica, especialmente nas áreas do Magistério, Produção e Administração.

Desde o início da história da relação do MST com a escolarização, houve uma preocupação em discutir a questão sobre por qual tipo de escola se estava lutando. Em todas as reuniões, o centro de discussão girava em torno do mote: uma escola diferente. Com essa adjetivação, acampados e assentados sintetizavam a sua crítica à escola que conheciam: seja aquela em que tinham estudado, seja aquela que seus filhos tinham freqüentado antes do seu engajamento na luta pela terra. O adjetivo também embute um componente utópico, como se fosse a escola que sonhavam para os seus filhos. Isso pode representar o desejo de “destruir” o modelo de escola pública, do meio rural.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA: A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA ESCOLA DO MST

Representa o desejo de destruir o modelo de escola pública, do meio rural existente e tentar “construir” uma nova escola que tivesse por princípio, na prática pedagógica e educativa, o MST. Seria a escola que conseguisse criar antídotos contra a inércia, a acomodação, a morosidade, a burocracia, a submissão. Duas questões eram postas para serem discutidas e acabaram sendo o norte para a elaboração da proposta pedagógica:

“O que queremos com as escolas de assentamento?” e “Como fazer a escola que queremos?” Essas duas questões sintetizam a preocupação com as diretrizes políticas da luta pelo campo e com a ação cotidiana das escolas já existentes. Para elaboração da proposta pedagógica , o princípio fundamental é o de que , nas escolas dos assentamentos, toda aprendizagem e todo ensino devem partir da REALIDADE. Essa realidade é tomada no sentido de realidade próxima e/ou distante. Assim ela é definida:

Realidade é o meio em que vivemos. É tudo aquilo que fazemos,

pensamos, dizemos e sentimos na nossa vida prática. É o nosso trabalho.

É a nossa organização. É a natureza que nos cerca. São as pessoas e o que acontece com elas.

São os nossos problemas do dia a dia, também os problemas da sociedade que se relaciona com a nossa vida pessoal e coletiva

(Caderno de Educação nº 1).

Esse princípio educativo tem a REALIDADE como ponto de partida e ponto de chegada, o que implica dizer que tudo o que as crianças estudam deve estar ligado com sua vida prática e com necessidades concretas suas, de seus pais e de sua comunidade; implica também considerar que todos os conhecimentos que as crianças vão produzindo na escola devem servir para que elas entendam melhor o mundo em que vivem, o mundo da sua escola, da sua família, do assentamento, do município, do MST, do País e para que participem da solução dos problemas que esses mundos vão apresentando.

1.3 EIXO PROBLEMATIZADOR:

Como as disciplinas, didática, avaliação da aprendizagem, novas tecnologias e psicologia , são inseridos na prática pedagógica nas escolas do MST?

Em entrevista à diretora da Escola Ananias Requião, Srª Vanilda Santana de Souza, foi possível observar que a beleza está somente nas letras, no que diz respeito à prática pedagógica nos assentamentos e acampamentos do MST.

Ler os documentos do MST que falam sobre educação, faz qualquer leitor sonhar e desejar participar de toda essa luta. Conforme os documentos, a educação é entendida enquanto um dos processos de formação a pessoa humana que está sempre ligada com um determinado projeto político e com uma concepção de mundo. Ainda, a educação é vista como

“Uma das dimensões da formação, entendida tanto no sentido amplo da formação humana, como no sentido mais restrito de formação de quadros para a nossa organização e para o conjunto das lutas dos trabalhadores.” (MST,1996:05).

Para estabelecer um diálogo, a equipe precisou usar uma linguagem simples, com perguntas diretas ao entrevistar a diretora Vanilda Santana e a professora Maria dos Anjos Silva, nessa entrevista foi possível observar a deficiência que há na prática pedagógica. O importante para essa professora é o aluno ler e escrever, pontos importantes para sua avaliação, Maria dos Anjos diz que seus alunos não sabem nada.

1.4 OBJETIVOS:

1.4.1 GERAL :

A escola do MST tem um trabalho pedagógico segundo suas possibilidades, por não ter total ajuda do governo, dificulta seus métodos para a educação. O ambiente não proporciona conforto, o material utilizado é precário o que é mais utilizado é a reciclagem pois para eles o mais importante é fazer com que os alunos aprendam a ler e escrever.

1.4.2 ESPECÍFICOS:

1 Investigar como a didática contribui para a escola do MST.

Não foi possível em nossa entrevista saber corretamente qual a didática utilizada, por se tratar de pessoas não muito instruídas, apesar de estarem fazendo faculdade. Por não saberem o que é didática nós explicamos o que seria, daí que a professora começou a dizer os métodos utilizados e chegamos à conclusão que esta escola trabalha com o Sócio - Interacionismo.

2 Avaliar como as tecnologias estão sendo usadas na escola do MST

A tecnologia ainda não chegou nesta escola, eles ainda trabalham com mimeógrafo, informam que já solicitou por diversas vezes a Prefeitura e até o momento não foi enviado nem um computador.

3 Examinar como se desenvolve o processo avaliativo na escola do MST

O processo avaliativo se desenvolve por meio de trabalhos tanto de campo quanto em sala, oficinas de reciclagem, e prova.

4 Registrar quais as teorias da psicologia da aprendizagem que predominam na práxis pedagógica da escola do MST

A psicologia da aprendizagem que predomina nesta escola é a de Piaget, Vygotiski e Wallom.

1.5 JUSTIFICATIVAS:

O que nosso mestre da Educação Popular, Paulo Freire, nos disse em suas reflexões sobre a pedagogia do oprimido: a escola não transforma a realidade mas pode ajudar a formar os sujeitos capazes de fazer a transformação, da sociedade, do mundo, de si mesmos... Se não conseguirmos envolver a escola no movimento de transformação do campo, ele certamente será incompleto, porque indicará que muitas pessoas ficaram fora dele.

Este tipo de pesquisa é importante para a academia, pois através dela pode-se analisar diferentes práticas pedagógicas e como elas são adequadas as diversas realidades, com isso cresce o numero de pesquisas, saindo do senso comum. Para a sociedade é importante familiarizar-se com as diferentes práticas pedagógicas principalmente de um grupo como o MST, que possui um tipo de proposta educacional inovadora. Esta pesquisa permitiu ao grupo analisar a postura do MEC em monopolizar a educação invalidando as práticas pedagógicas realizadas nas escolinhas do acampamento MST e contribui para o crescimento profissional de cada um proporcionando conhecimento abrangente.

1.6 METODOLOGIA DE PESQUISA:

Exploratória, Bibliográfica e de Campo.

1.7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Quase ao mesmo tempo em que começaram a lutar pela terra, os sem-terra do MST também começaram a lutar por escolas e, sobretudo, para cultivar em si mesmos o valor do estudo e do próprio direito de lutar pelo seu acesso a ele. No começo não havia muita relação de uma luta com a outra, mas aos poucos a luta pelo direito à escola passou a fazer parte da organização social de massas de luta pela Reforma Agrária, em que se transformou o Movimento dos Sem Terra. As famílias sem-terra mobilizaram-se pelo direito à escola e pela possibilidade de uma escola que fizesse diferença ou tivesse realmente sentido em sua vida presente e futura.

Os sem-terra acreditavam que se organizar para lutar por escola era apenas mais uma de suas lutas por direitos sociais; direitos de que estavam sendo excluídos pela sua própria condição de trabalhador sem (a) terra. Logo foram percebendo que se tratava de algo mais complexo. Primeiro porque havia (como há até hoje) muitas outras famílias trabalhadoras do campo e da cidade que também não tinham acesso a este direito. Segundo, e igualmente grave, se deram conta de que somente teriam lugar na escola se buscassem transformá-la. Foram descobrindo, aos poucos, que as escolas tradicionais não têm lugar para sujeitos como os sem-terra, assim como não costumam ter lugar para outros sujeitos do campo, ou porque sua estrutura formal não permite o seu ingresso, ou porque sua pedagogia desrespeita ou desconhece sua realidade, seus saberes, sua forma de aprender e de ensinar. Trata-se é de alterar a postura dos educadores e o jeito de ser da escola como um todo; trata-se de cultivar uma disposição e uma sensibilidade pedagógica de entrar em movimento, abrir-se ao movimento social e ao movimento da história, porque é isto que permite a uma escola acolher sujeitos como os Sem Terra, crianças como as Sem Terrinha. E ao acolhê-los, eles aos poucos a vão transformando e ela a eles. Um mexe com o outro, num movimento pedagógico que mistura identidades, sonhos, pedagogias... E isto só pode fazer muito bem a todos, inclusive aos educadores e às educadoras que assumem esta postura. E também à escola, que ao se fechar e burocratizar em uma estrutura e em um jeito Hoje a luta e a reflexão pedagógica do MST se estende da educação infantil à Universidade, passando pelo desafio fundamental de alfabetização dos jovens e adultos de acampamentos e assentamentos, e combinando processos de escolarização e de formação da militância e da base social.

2. CAMINHOS METODOLÓGICOS:

2.1 TIPO:

Utilizamos do método que aprendemos em sala de aula como o projeto do TID da primeira unidade com as perguntas, apostilas de como entrevistar e outros, e passamos da forma mais simples, pois encontramos muita dificuldade na comunicação.

2.2 LOCAL PESQUISADO:

O local pesquisado foi o acampamento do MST em Pitinga distrito de Santo Amaro, porém por não terem crianças eles criaram o EJA, Ensino para Jovens e Adultos (noturno). No assentamento do MST em Bangala, foi feito a pesquisa na Escola Municipal Ananias Requião.

2.3 SUJEITOS DA PESQUISA:

No acampamento residem 25 famílias, dentre elas somam 103 pessoas, sendo que duas são crianças, o seu líder é o Sr. Carlos Sebastião Gonzaga de Oliveira.

2.4. INSTRUMENTOS DA PESQUISA:

5 Entrevista Estruturada

6 Coleta de dados

7 Pesquisa Quantitativa – Opiniões e informações

8 Pesquisa Qualitativa – Relação dinâmica, entre o mundo real e o sujeito.

3. QUADRO TEÓRICO:

3.1 INTERDISCIPLINARIDADE E A EDUCAÇÃO:

A Didática, a Avaliação da Aprendizagem e Psicologia, trabalham interligando-se uma à outra, não podendo ser trabalhado em período diferente.

3.2 AS DISCIPLINAS:

3.2.1 AVALIAÇÃO:

Esta disciplina contribuiu para o nosso amadurecimento de forma abrangente no que diz respeito a métodos avaliativos mudando nossos conceitos em relação ao instrumento avaliação.

3.2.2 DIDÁTICA:

Estudar sobre as teorias, nos permitiu ampliar nosso conhecimento dos curriculos escolares nos levando a avaliar de forma crítica algumas práticas escolares.

3.2.3 EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS:

Trabalhar com as Novas Tecnologias nos faz compreender que essa disciplina é um instrumento indispensável na educação, que não deve ser subestimado entre os profissionais desta área.

3.2.4 PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM:

Entender o cognitivo e o comportamento do homem permite entender que ele é produto do meio centrado naquilo que a sociedade necessita, sendo essencial para qualquer profissional da área de educação.

4. O PRODUTO – O BLOG

Concepções estéticas e filosóficas da escolha do blog.

O Blog foi criado com intuito de divulgar matérias relacionado ao tema sugerido, aumentando a interatividade da equipe com a professora e a turma de Pedagogia. A concepção estética do blog,partiu de sugestões e criações coletivas com a orientação da professora Claudia Sisan, que muitas vezes ampliou nosso conhecimento trazendo novas idéias e sempre incentivando a novas postagens.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O educador ao se deparar com certo grau de dificuldade do aluno em sala de aula muitas vezes encontra-se numa encruzilhada, e sempre se pergunta, - “Será que vou atingir as minhas metas como profissional da educação?” Questionando não deve ficar inseguro.

Ter dúvida, ser excluído numa sociedade onde não há políticas públicas bem elaboradas voltada à educação, são os grandes problemas encontrados pelo pedagogo.

Ao elaborar esta pesquisa de campo nós abrimos novos horizontes sobre as diversas práticas pedagógicas aplicadas na aprendizagem da escola do MST, fazendo com que enriquecêssemos nosso currículo e nosso conhecimento, sair da mesmice onde achamos que só em comunidades urbanas tem direito a educação, observamos na prática que educação é essencial, e o governo precisa olhar mais para aquele povo, enviando merenda pois são pessoas pobres, material didático, água encanada que ainda não tem, reciclagem de profissionais não adianta só ter força de vontade, é necessário também saber educar. E assim podemos afirmar o que o filósofo Kant explicitou “O objetivo da educação é ensinar as pessoas a pensar com autonomia, independente do que esteja ocorrendo socialmente”.

6. REFERÊNCIAS

Freud, Sigmund. Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância. (1910). Ed Standard das Obras Completas de S. Freud, v. XI RJ. Imago, 1970

Piaget, J. A Psicologia. Lisboa, Livraria Bertrand, 1970

TEIXEIRA, Anísio e ROCHA E SILVA, Maurício. Diálogo sobre a lógica do conhecimento. São Paulo: Edart Editora, 116 p.

PERRENOUD,Philippe. Avaliação da excelencia à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas.Porto Alegre: Artes Médicas, 1999,Rp

LÉVY, Pierre - As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 1. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. 263 p.

LUBART, Todd. Psicologia da criatividade. Porto Alegre: Artmed, 2007.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire. São Paulo, Brasiliense, 1981 (14 ed, 1988), 113 p. - (Coleção Primeiros Passos). Estudo pormenorizado da aplicabilidade do sistema Paulo Freire de alfabetização.

ANEXO A

MST-FETAG

O Movimento dos Sem Terras, tem 25 familias formadas, sendo que dentre as familias somam 103 pessoas, o lider do movimento é o sr Carlos Sebastiao Gonzaga de Oliveira e a secretária da escola do movimento é a Professora Cristina que as vezes está em Salvador, chegando a ficar até trinta dias, deixando os alunos sem aulas.

A infra-estrutura do moviemnto mostra que as casas são de barro, não tem saneamento básico e só tem duas crianças, sendo que uma estuda em Acupe (distrito de Santo Amaro) e a outra no Bangala um Assentamento que fica a 20 minutos do local, por não ter crianças neste movimento foi criado o EJA, (ensino para jovens e adultos), que só funciona no periodo da noite.

O carro da escola passa na frente do acampamento FETAG e pega as crianças levando-as à escola, quando acontece do carro quebrar como foi o caso do dia em que estávamos lá, as crianças ficam sem ir a escola, por não ter dinheiro de transporte.

O movimento ja existe há 4 anos e meio segundo sr. Carlos Sebastiao e confirmação do sr. Carlos que nos acompanhou ate o local servindo como nosso guia, morador de Acupe.

Tiramos fotos do local, da escola do movimento e observamos tambem a hospitalidade deles (moradores) em nos receber, e levar até suas plantações para mostrar que eles invadem as terras não só para moradia mas para sobrevivência, onde os mesmos vivem do plantil daquela terra, eles vendem de tudo que se planta.

Após a pesquisa no acampamento de Pítinga fomos acompanhadas pelo guia sr Carlos que nos levou para o Assentamento chamado Bangala, o qual fica há 15 min de Pitinga entre Santo Amaro e Acupe, neste assentamento encontramos uma Escola Municipal Ananias Requião, a qual leva o nome de um fazendeiro do local, onde a 20 anos atrás a sua fazenda servia de escola para o movimento.

Fomos apresentadas a uma senhora chamada Josselia, que é vizinha da escola e vive lá desde quando era acampamento e sabia informar sobre a qualidade de ensino durante o tempo que a escola era na fazenda, a escola começou no ano de 1987, sete anos após ter formado o acampamento, terminou em 1990 quando se tornou um assentamento, com o avanço da população, sentiram a necessidade de uma escola administrada pela prefeitura, foi daí que lutaram muito e conseguiram uma escola municipal dentro do assentamento em 1991. A escola alfabetizou muita gente, diz esta senhora, pegamos relatos de um jovem chamado Jose Raimundo 34 anos, ele informa que foi um dos primeiros alunos no ano de 85 à 90, onde era séries inicias na sala do fazendeiro, havia estudado naquele tempo até a 4ª série, pois era o que a escola oferecia ( 1ª à 4ª serie), com muita qualidade diz ele.

PESQUISA NA ESCOLA

Na escola fomos recebidas pela diretora da escola, a qual informou que todos estavam atrasados por que o onibus havia quebrado, então tanto as professoras quanto os alunos ainda não haviam chegado e as vezes quando isso ocorre eles nem vão, pois são pessoas pobres que não tem condições de pagar transportes.

enquanto isso começamos a fazer nossa pesquisa com a diretora cujo nome é Vanilda Santana De Souza, ela nos mostrou a escola e os trabalhos de oficinas feitas pelos alunos, tudo em reciclagem muito bem feito, perguntamos a ela a formação dos professores e ela nos disse que todas faziam faculdade uma de letras e outra de pedagogia e normal superior (a distancia), a direitora tem a formaçao de magisterio.

Sobre as tecnologias utilizada na escola a direitora informou que já fez pedido de computadores a prefeitura porem, até o momento não enviaram, na escola não tem nada que possa relacionar a tecnologia, ainda utilizam o mimeógrafo. Sobre o ppp da escola ela diz que ainda está em construção, a escola é formada de professores, direitor e coordenador.

Sobre a filosofia da escola , ela não sabe informar alegando que só com os professores, percebemos que a diretora não sabia informar com clareza as coisas, pois ela informou que não participava das reuniões de organização da escola, somente professores e coordenador.

Chegou uma professora sra Maria Dos Anjos Silva que ja fez magisterio, secretariado e está no 2ª semestre de pedagogia a distancia na FTC à distância em Santo Amaro.

Fizemo algumas pergunta a ela sobre a didática usada e ela nos diz : didatica é seriada contato de homem rendimento, percebe-se então, que a mesma não sabe o que é didátiica tivemos muita dificuldade, e em algumas ocasiões mudamos até a forma de perguntar descendo um pouco o nosso português, falando no popular, tornando então uma comunicação, ela fala mais ou menos humilhando os alunos (presença deles), dizendo que os meninos não tem bom rendimento, falam e escrevem errado, perguntamos a ela o método que ela usa para melhorar isso e ela nos respondeu que manda eles olhar dicionario, fazer pesquisas no campo, la no campo do assentamento (olhando e escrevendo como ditado o que tem no campo e na terra ), falam sobre a agua, a qual eles não tem nem para beber explica ela. Observamos que o tempo todo ela fala que os meninos em especial não tem interesse para aprender, as meninas se esforçam mais. Percebe-se que a professora não é preparada utiliza de palavras pronunciada de forma incorreta chegando por varias vezes à apontar para alguns dos alunos, falando dos seus defeitos em sala, no momento da pesquisa observa-se que os mesmos ficam quietos e de cabeça baixa como se estivessem com vergonha.

Perguntamos para ela como seria a avaliação? e ela nos disse que era por meio de teste, prova, ditado, e pesquisas do cotidiano deles. Ainda acrescenta dizendo que avaliação para ela é quando o aluno começa a ler e escrever sem erros. Fala que os alunos sao assiduos porem alguns não querem estudar, os pais são bastante participativos chegando até a acompanhar seus filhos na escola e as vezes participam de algumas atividades.

Conclui-se que, para nós este foi um bom trabalho , pois percebemos a necessidade que estas pessoas passam e precisam que os nossos governantes olhem mais para eles, não adianta só alfabetizar, é preciso reciclar os professores, enviar material didático, tecnológico, melhorar toda infra-estrutura da escola, o saneamento, merenda água filtrada pois nem água tem no assentamento, assim não dar para aprender.


TID - TRABALHO INTERDISCIPLINAR DIRIGIDO



1.0 Tema

O trabalho pedagógico no espaço escolar do MST

2.0 Eixo problematizador

Didática -Qual a contribuição da didática para a Escolinha do MST?

Avaliação- Qual a concepção de desenvolvimento do processo avaliativo na Escolinha do MST?

Psicologia - Quais as teorias da psicologia da aprendizagem que predominam na praxis da Escolinha do MST?

Novas tecnologias- De que maneira as novas tecnologias da educação estão sendo utilizadas na Escolinha do MST?

3.0 Objetivos

2.1 Geral: Analisar o trabalho pedagógico da Escolinha do MST.

2.2 Especificos:

- Investigar como a didática contribue para a escolinha do MST.
- Avalir como as tecnologias estão sendo usadas nas Escolinhas do MST.
- Examinar como se desnvolve o processo avaliativo na Escolinha do MST.
- Registrar quais as teorias da psicologia da aprendizagem que predominam na praxis pedagogica da escolinha do MST.
O que nosso mestre da Educação Popular, Paulo Freire, nos disse em suas reflexões sobre a pedagogia do oprimido: a escola não transforma a realidade mas pode ajudar a formar os sujeitos capazes de fazer a transformação, da sociedade, do mundo, de si mesmos... Se não conseguirmos envolver a escola no movimento de transformação do campo, ele certamente será incompleto, porque indicará que muitas pessoas ficaram fora dele.Este tipo de pesquisa é importante principalmete para a academia, pois através dela analisa-se diferentes praticas pedagogicas e como elas são adequadas a diversas realidades com isso cresce o número de pesquisas, saindo do senso comum.Para a sociedade é importante familiarizar-se com as diversas práticas pedagogicas principalmente de um grupo como o MST que possui um tipo de proposta educacional inovadora.

Vamos a luta Companheiras Pedagogas!!!!


Amigos