Boa música

Um sujeito, para manter um blog chamado Saia de Casa, precisa, no mínimo, sair de casa com alguma frequência. Considerando que estive alguns meses ocupado fechando uma dissertação de Mestrado e acertando a publicação do meu livro, não tive muito tempo para sair – meus fins de semana foram dedicados à leitura e a alguns filmes. Por isso o blog ficou parado por algum tempo. (Não queria começar um post de retomada sem esta breve explicação preliminar. Voltamos à programação normal).

Um Lugar Qualquer
Filme tem boas atuações e boas músicas em uma narrativa lenta (Foto: Divulgação)

Como ainda estou voltando no sapatinho, o primeiro post será justamente um Ficando em Casa, já que é o que eu mais tenho feito ultimamente. E desta vez a companhia foi um filme meio mais ou menos, com pontos altos e músicas sensacionais: Um Lugar Qualquer (Somewhere), dirigido por Sofia Coppola (sim, a mesma que morreu na escadaria do O Poderoso Chefão Parte III).

O Poderoso Chefão Parte III
Essa é a Sofia Coppola, morrendo na cena clássica (Foto: Reprodução)

Em Um Lugar Qualquer, Stephen Dorff faz o papel de Johnny Marco, um ator fodão de Hollywood, que mora num hotel e passa a ter que cuidar da filha de 11 anos. O problema é que ele tem problemas com as mulheres. E a menina repara.

Vamos lá: o que há de legal no filme? É bacana ver a postura do pai com a filha: um homem atencioso e cuidadoso ao passo que sua vida pessoal está uma zona. Fora isso, o que chama a atenção é a trilha sonora. As músicas são sensacionais e muito bem escolhidas. (Vale lembrar que Sofia Coppola é casada com Thomas Mars, do Phoenix, com quem tem uma filha).

O filme é bem lento, tem sequências relativamente longas sem diálogos – o foco fica sobre os gestos, os toques e as trocas de olhares – e uma fotografia bastante emocionante. Se vale a pena ficar em casa para assistir? Sim, mas só se você não estiver com muito sono (minha companhia dormiu em menos de meia hora de filme).

Confira o trailer!

Publicado em Ficando em Casa | Etiquetas , , , , , | Publicar um comentário

Um bom filme pra ler um livro

Já escrevi por aí sobre a diferença entre uma obra literária e sua adaptação cinematográfica. Disse que às vezes a menor alteração no enredo pode trazer modificações profundas para o sentido da obra original. E que nem sempre isso é ruim. Pelo contrário.

Divulgacao

Edição de bolso traz as duas obras na íntegra e com boa tradução (Foto: Divulgação)

Alice no País das Maravilhas, do Tim Burton, é um filme que, de fato, desperta a vontade de ler o livro. Afinal, há tantas adaptações por aí, que nunca sabemos qual é a mais próxima da história original. E dá para falar com alguma garantia que o filme do Tim Burton está bem longe disso – o que, novamente, não é nenhum demérito para a produção. Pelo contrário.

O filme é baseado nos dois livros do Lewis Carrol sobre a menina: Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá. Sim, galera, não existe um livro chamado Alice no País das Maravilhas, como muitos podiam pensar.

Divulgação

Filme apresenta um enredo novo com personagens já consagrados (Foto: Divulgação)

No primeiro, a menina cochila no colo da irmã na beira de um lago, daí ela vê o coelhinho correndo, vai atrás, cai no buraco e vai parar no País das Maravilhas. O lugar é habitado por criaturas fantásticas e cartas de baralho. A Rainha de Copas é a tirana do local que fica gritando cortem a cabeça o tempo todo. O interessante é que, no Brasil, não existe a figura da “rainha” no baralho – o que existe é a “dama”, representada pela letra Q, de Queen, rainha, em inglês. Daí o malabarismo na cabeça do tradutor: ser fiel à rainha da versão original ou ser fiel à dama do baralho? A edição que eu li – da editora Zahar, vencedora do quesito Tradução do Prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira – ficou com a Rainha de Copas. Os tradutores do filme do Tim Burton ficaram com Rainha Vermelha, numa mistura bizarra entre os dois livros.

É que no segundo – o Através do Espelho –, Alice cochila e, em sonho, passa por dentro do espelho, indo para um outro mundo fantástico. Lá, quem dita as regras são as peças do xadrez – as peças brancas e as (pasme) vermelhas. Não são peças pretas e brancas, como no xadrez convencional – e isso eu juro que não sei o motivo. De qualquer forma, Burton coloca as peças de xadrez (comandadas pela Rainha Branca, que tem um papel bem mais secundário no livro que no filme) contra as cartas de baralho (comandadas pela Rainha Vermelha) em uma batalha que nunca existiu em nenhum dos dois livros. O que não torna o filme ruim. Ao contrário.

Em suma, as três obras são muito boas. Vale a pena ler os dois livros porque são histórias exaustivamente repetidas e que nem todo mundo conhece. Então acaba que você se depara com personagens completamente inusitados e que você, mesmo tendo visto peças de teatro, animações e filmes sobre Alice, talvez continue desconhecendo.  Eu, particularmente, gostei mais do primeiro livro, mas os dois são de uma leitura bastante agradável.

O filme simplesmente pega personagens dos livros e os joga em um enredo tirado quase em sua totalidade da cabeça do diretor. Apenas algumas poucas passagens – como o chá com o Chapeleiro e a queda da Alice no buraco – foram realmente tiradas dos livros. Mesmo assim, é um filme que vale a pena ser visto. Mesmo que em DVD em casa. Mesmo que sem os efeitos 3D. Mesmo sem ter lido o livro antes.

Confira o trailer!

Publicado em Ficando em Casa | Etiquetas , , , , , | 2 Comentários

Rede musical

Essa foi uma materinha que fiz para O Dia Online, que acho que vale a pena divulgar aqui no blog também, já que é bem interessante a iniciativa.

Rede social organiza festival de música em parceria com os usuários

Rede social voltada para o mercado musical, a Melody Box promete extrapolar os limites do virtual e organizar seu primeiro festival – o Melody Box AO VIVO. Cinco bandas e dois DJs serão escolhidos entre os mais populares do site para subir ao palco do Circo Voador junto com Brasov e João Brasil no dia 19 de maio, quando acontece o festival.

Reprodução

Fãs e artistas escolhem no site as atrações do festival organizado pela rede social (Foto: Reprodução)

Funciona da seguinte forma: os artistas interessados devem se inscrever até o dia 5 no site. Os 25 que tiverem mais votos dos fãs irão para uma seleção final, da qual sairão os nomes dos artistas que vão tocar no evento. O resultado será divulgado no dia 7.

A Melody Box pretende que a música saia das telas dos computadores e se torne parte da vida real. Ao criar um perfil na rede, além de poder participar do festival, o internauta pode apenas escutar bandas que estão surgindo no cenário cultural, indicar suas preferidas, virar agente de artistas ou fechar negócios com os prestadores de serviço que têm página na rede, sendo que todas essas ações valem pontos. Posteriormente, estes pontos poderão ser trocados por produtos, ingressos ou usados nos leilões virtuais.

Publicado em Música | Etiquetas , , , , | 1 Comentário

Contracorrente – muita água, pouco açúcar

Fui ao cinema ver Contracorrente (Javier Fuentes-León) com uma boa dose de receios. Afinal, uma coleguinha tinha visto antes de mim e chegou na redação dizendo que o filme era uma bela de uma porcaria. De qualquer forma, quando assisti tentei não me sentir influenciado pelo comentário da coleguinha.

Contracorrente

Contracorrente: trama rasa e passagens cômicas (Foto: Divulgação)

O filme é uma produção conjunta França-Alemanha-Peru-Colômbia. Ele narra a história de Miguel, um pescador de uma cidade pequena, que é casado e se divide entre o casamento e o romance com um artista plástico, Santiago. Este morre no mar e, para sua alma descansar em paz, Miguel tem que achar o cadáver e realizar um funeral. Enquanto isso, o espírito de Santiago fica perturbando Miguel e seu casamento.

Não posso dizer que amei o filme do fundo do meu coração; mas também não o odiei, como a coleguinha. Há outros filmes com a temática homossexual que são bem mais fortes e com roteiros bem mais elaborados – como C.R.A.Z.Y. (Jean-Marc Vallée, 2005) e Filhote ( Miguel Albaladejo, 2004). Mas isso não tira o mérito de Contracorrente. O filme tem boas atuações e a fotografia é excepcional.

Confira o trailer!

Vulgarmente falando, é uma mistura de Dona Flor e seus Dois Maridos (Bruno Barreto, 1976) com Vicky, Cristina, Barcelona (Woody Allen, 2008), temperada com a temática GLS. Algumas cenas são cômicas, outras são um pouco mais emocionantes. Por tudo isso, vale a pena sair de casa para assistir – mas não espere nada de extraordinário, porque, de fato, este não é exatamente um filme que se pode chamar de marcante.

Publicado em Cinema | Etiquetas , , | 4 Comentários

Esse Chá vicia

Ver o filme do Tim Burton, ou a animação da Disney, ou, ainda, ler um dos livros do Lewis Carrol definitivamente não é tão divertido quanto imergir no mundo louco criado pela festa Chá da Alice. Chapeleiro Maluco, Lebre de Março e, obviamente, Alice: personagens do clássico da literatura interagem com o público em meio a um set list nada homogêneo, que passa por músicas das Paquitas, Jay-Z e Xitãozinho e Xororó.

Chá da Alice no Circo Voador / Foto de Divulgação

Decoração tamática, bailarinos fantasiados e música pouco convencional fazem do Chá da Alice uma festa ímpar (Foto de Divulgação)

A festa acontece sem data e local definidos. Geralmente, é realizada uma vez por mês e, na maioria das vezes, no Circo Voador (como a deste sábado, 16), mas já houve edições no Clube do Flamengo, na Gávea, e na Casa de España, no Humaitá, por exemplo.

Antes mesmo da entrada, o aliceado – como os organizadores chamam quem frequenta a festa – é recepcionado com uma Alice distribuindo uma espécie chá. Dentro, a decoração é toda com o tema “Alice no País das Maravilhas”: cartas de baralho, frases do livro, enfeites coloridos, tobogã… Sim, tem um tobogã no meio da festa e os aliceados (assim como os animadores fantasiados de personagens do livro) fazem fila para escorregar. O mais engraçado é ficar em baixo vendo o esforço de alguns que já beberam mais do que podiam deviam fazem para subir naquele imenso colchão de ar.

Dentro da lona do Circo Voador é um calor infernal. Mas é lá que a festa rola de verdade. Nas músicas mais badaladas, um grupo de bailarinos sobe no palco e faz uma performance semelhante à do clipe. Nesta edição vimos clipes ao vivo da Britney Spears, Michael Jackson e Lady Gaga.

Confira o vídeo feito por um aliceado!

Mas não são só os bailarinos que sobem no palco. Conforme a madrugada vai avançando, aliceados vão subindo no palco e fazem uma festa à parte.

Chá da Alice no Circo Voador

Público se junta aos bailarinos em cima do palco em uma só festa (Foto: Danilo Motta)

As festas do Chá da Alice começaram como uma comemoração de aniversário entre amigos e acabaram virando um evento de proporções talvez não imaginadas inicialmente. Tanto que na última edição os ingressos se esgotaram e, segundo os animadores da festa, mais de mil pessoas ficaram do lado de fora. As filas eram quilométricas, o que torna quase obrigatório comprar o ingresso antecipado – seja pelo site, pagando a maldita taxa de conveniência, seja no caixa do Circo Voador. Vale lembrar que o Circo não aceita nenhum tipo de cartão – tanto para comprar o ingresso quanto para bebidas e comidas. E, por falar em bebida, é bom lembrar que bem pertinho do Circo tem um depósito de bebidas que vende cerveja gelada a R$1,50. Então, considerando que lá dentro a mesma lata de cerveja vai custar R$ 5, é sempre bom chegar cedo para fazer um esquenta do lado de fora antes de entrar.

Publicado em Noite | Etiquetas , , , , | 2 Comentários

Pequeno, bonito e gostoso

Muitos que caminham pela Rua das Laranjeiras podem passar pelo discreto Bambu Mix Sushi sem notá-lo ali. Azar de quem não nota.

O restaurante é bem pequeno – pelo que contei, há apenas 15 lugares. A decoração, por outro lado, é bem bonita e os pratos são bem gostosos.

Restaurante Bambu Mix Sushi

Discreto, Bambu é uma boa opção para os amantes de comida japonesa a um baixo custo

Não há muita diferença entre o Bambu e os outros rodízios de comida japonesa e chinesa em geral. Um ponto positivo de lá é que as peças são bem pequenas, então dá para experimentar uma grande variedade. Por outro lado, um cliente desavisado pode ficar frustrado. Um espetinho de camarão, por exemplo, vem com apenas dois camarões. Muito bem preparados, é bom que se diga, mas são só dois. Então, se o objetivo é encher a barriga, pode pedir uma quantidade grande sem correr o risco de ter que pagar taxa de desperdício. (Obviamente, considere seu apetite antes cometer qualquer exagero.)

Há uma regra na casa que, digamos, não tem nenhum muito nexo. Cada cliente pode pedir a quantidade que quiser, sem limite de peças, mas só é possível repetir quatro vezes. Logo, se depois que você pediu a quarta rodada você continuar com fome, o problema é seu.

Segundo a garçonete, ninguém chega na quarta rodada – todo mundo pede a conta na segunda ou terceira, no máximo. Foi o nosso caso – ao final da segunda rodada já estávamos todos satisfeitos. Imaginamos, então, que esta limitação de quatro rodadas deva ser para que um grupo não se prolongue no restaurante, já que, como eles tem poucas mesas, precisam de uma rotatividade maior de clientes. Mas isso é apenas uma suposição…

O preço do rodízio é bem honesto (R$ 39,90 de segunda à quinta, exceto feriados, e R$ 42,90 nos outros dias) e ainda tem direito a uma sobremesa. Como eu me entupi de comida, não sobrou lugar para os doces (sabe como é, né, tenho que manter a forma). Fica para uma próxima ocasião.

Publicado em Restaurante | Etiquetas , , , | 2 Comentários

Para comer depois dos bichos

Conforme havia prometido em outro post, vou falar sobre o Restaurante Quinta da Boa Vista, que fica logo na entrada do Zoológico do Rio.

Logo de cara o lugar encanta: o visual do restaurante é bem bonito e bastante rebuscado. Tal sofisticação chega também aos garçons e garçonetes – todos eles estão vestidos à moda do século XIX e fazem um espetáculo à parte só desfilando para lá e para cá carregando suas bandejas. Por outro lado, seria muito bom se todo esse traje fosse traduzido em eficiência rapidez no atendimento.

Restaurante Quinta da Boa Vista

Quinta da Boa Vista: muito bom gosto

Os garçons são enrolados e demoram bastante para absolutamente tudo. Pedimos chopes e refrigerantes. Demorou. Quando finalmente, chegaram as bebidas, pedimos nossos pratos. Demorou. Enfim, vá sem muita fome (o que é bem difícil, considerando que você provavelmente caminhou o dia todo pelo zoológico se alimentando, no máximo, de um picolé).

E por falar em zoológico, é bom lembrar que o restaurante estará igualmente repleto de crianças, então, se você não tem paciência para (os não raros) chorinhos, gritinhos e birras, nem vá. Outro alerta: considerando que o local é frequentado por grupos que tem crianças, é bom pedir cadeirinha infantil logo assim que chegar. Demoramos quase 40 minutos para conseguir uma. Compreensível, mas desagradável…

Mas vamos falar da comida. Maravilhosa. Pronto, acho que resumi bem.

Pedi um filé de peixe ao molho de camarão e purê de batata (R$ 83). Havia a opção de pedir o peixe grelhado ou à milanesa – pedi grelhado. Não me arrependi.

O peixe veio muito bem servido. Eu e mais uma pessoa comemos muito bem. O filé de peixe foi um dos mais pomposos que eu já vi sendo servidos – bem grosso e muito bem temperado. O molho de camarão tinha camarões bem graúdos. Valeu a espera.

Em suma: um bom lugar para se comer após um bom passeio. Ponto positivo para o chope Sol, que eles tiram com toda destreza e desce muito, muito bem.

Publicado em Restaurante | Etiquetas , , , , , | Publicar um comentário

RIO – a animação mais esperada do ano

Finalmente, para os fãs de animação, foi lançado neste último final de semana o filme RIO. A animação da Blue Sky dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha (A Era do Gelo 3) alcançou a incrível marca de melhor estreia de animação da história do Brasil arrecadando US$ 8,3 milhões de dólares nas bilheterias nacionais.

O filme conta a história de uma arara azul chamada Blu (Jesse Eisenberg) que vive numa pacata cidade do Estado de Minnesota. Após 15 anos sendo cuidado por Linda (Leslie Mann), Blu é totalmente domesticado a ponto de não saber nem voar.

Até que Túlio (Rodrigo Santoro), um biólogo brasileiro, aparece informando à Linda que Blu é o último macho de sua espécie e que a última fêmea, Jewel (Anne Hathaway) está no Rio de Janeiro.

A partir daí eles embarcam numa aventura pela cidade maravilhosa passando pelos cartões postais como a Pedra da Gávea, o Jardim Botânico, O Cristo e até o bondinho de Santa Tereza. Passam pelas praias e favelas sambando e fugindo de contrabandistas de animais junto com seus fiéis amigos Pedro (Will I Am), Nico (Jamie Foxx) e Rafael (George Lopez)

A única coisa que ficou muito caricata foi a imagem de que todo carioca vive sambando. Mas isso não tira os méritos do filme. A trilha sonora assinada por Sergio Mendes é muito boa. Outra coisa que chama a atenção é a qualidade da animação, rica em detalhes tanto nos personagens como nas paisagens.

Vale a pena curtir as aventuras de RIO, um filme que coloca a cidade no centro das atenções do mundo da animação.

Publicado em Cinema | Etiquetas , , , | 2 Comentários

Uma tarde no zoo

Para não dizerem que eu só faço programas de porraloquice, resolvi postar sobre minha visita ao Zoológico do Rio, em São Cristóvão. Obviamente, eu não iria em um zoológico sozinho ou por conta própria – fui levar a minha sobrinha de um ano e meio para ver os passarinhos, macaquinhos, girafas e elefantes. Mas, como todo bom adulto que vai levar crianças ao zoológico, me diverti mais do que ela.

Aves são ponto alto da programação

Para início de conversa o preço da entrada é bem em conta: R$ 6 para o público em geral e R$ 3 para menores de 12 anos, professores da rede pública, estudantes em geral. Para quem vai de carro, tem dois estacionamentos na Quinta da Boa Vista – custando R$ 6 e R$ 8. Lá dentro os lanches também não são caros. Um picolé, minha única consumação, custou R 1,50, por exemplo. (Só não aconselho ninguém a comprar o de goiaba; tem mais caroços do que uma goiaba in natura).

Elefante é o que mais desperta a atenção da criançada

Lá dentro, como era de se esperar, é uma criançada danada. Se você não tem paciência com crianças, é melhor ficar em casa mesmo.

É impressionante ver a cobra comendo um rato inteiro, mesmo sabendo que elas fazem isso mesmo

A quantidade e variedade de animais é surpreendente. Começamos com uma infinidade de pássaros – de araras a pingüins. Depois, serpentes e tartarugas. Seguimos por jacarés, hipopótamos, mais aves, leão, elefante e todo tipo de bicho. O que chamou mais a atenção do público foi o pessoal do zoo alimentando as cobras. Um rato morto é jogado perto do animal e ele o devora inteiro. (Tá, gente, eu já sabia que cobra faz isso, só nunca tinha visto!)

Ao final do passeio, já do lado de fora, tem mais dois passeios legais. O primeiro é uma passarela caminhamos sobre animais que ficam soltos em uma área reservada. Emas, capivaras e mais tartarugas (ou seriam jabutis?) caminham livremente – “encarcerados” ficam os humanos.

Girafa também é sucesso entre a garotada

Saindo da passarela, podemos conhecer o aquário do zoo – com Pacu, Piranha e alguns outros animais de duplo sentido. Vale mais pelas piadas do tipo “olha sua mãe alí” do que pela observação dos peixes propriamente dita.

Ao final, caminhamos em uma passarela sobre uma reserva criada para os animais

Ao fim do dia você está exausto e com as pernas doloridas de tanto andar. Se você estiver com um dinheirinho a mais no bolso, vale muito a pena parar no Restaurante Quinta da Boa Vista para almoçar. Mas isso fica para uma próxima postagem…

Publicado em Saia da Rotina | Etiquetas , , , | 5 Comentários

Entre ‘Tribos’ e MPB

É extremamente suspeito eu ter escolhido justamente o bar do Renato (Renight, para alguns) como a primeira postagem deste blog. Mas não poderia deixar de inaugurar esse blog com o butiquim estabelecimento do meu melhor-amigo-dono-de-bar.

Flavia Maqui transita entre o Rock Br e a MPB

O bar é o Tribos, que fica na Cantareira, coração da boemia acadêmica (???) niteroiense. Às sextas, quem acompanha a cerveja-consumida-pelos-clientes é a cantora carioca Flavia Maqui. Com apenas R$ 5 de couvert, você pega uma mesa ao ar livre e ouve o melhor da MPB na voz de uma cantora – no mínimo – excepcional. Sua voz é única: forte, afinada e bem encaixada em todas as músicas do repertório. Ela transita do Cazuza à Cássia Eller, passando por Marisa Monte e Legião, sem deixar nada a desejar.

O bar oferece algumas opções de pizzas e petiscos, mas o forte mesmo é a cerveja. Além dos funcionários da casa, é claro, que tratam todos como se fossem amigos de infância.

Para quem não sabe, o Tribos fica na Praça Leoni Ramos, em São Domingos, Niterói. Chegando na praça, é só perguntar onde fica o bar do Renato, pois a Cantareira não é tão grande assim e é fácil de se situar por lá.

P.s.: A câmera do meu celular é uma porcaria. Em breve, fotos menos tremidas. Aguardem…

Publicado em Bar | Etiquetas , , , , , , | 1 Comentário