quarta-feira, 6 de outubro de 2010

pragas e doenças do milho

Controle de pragas e doenças na cultura do milho:

As principais pragas para a cultura do milho, atualmente são:

Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus),
É uma das principais pragas da cultura do milho. As lagartas se alimentam primeiramente das folhas e depois vão para o solo, penetrando na planta na altura do colo, a partir daí vão fazendo galerias até atingir o ápice da planta. A identificação da lagarta-elasmo deve ser feita nos primeiros 30 dias pós-germinação, que corresponde ao período onde ocorrem os
maiores prejuízos à cultura. Primeiramente ocorre o “coração morto”, que é a morte das folhas centrais (essas folhas se destacam com facilidade), e depois ocorre a morte da planta ou ainda pode ocorrer perfilhamento. Pode-se encontrar a lagarta abrigada na base da planta, dentro de uma galeria com terra e detritos, sendo uma característica dessa lagarta saltar quando tocada. Recomenda-se o uso preventivo de inseticidas sistêmicos aplicados nas sementes.
Controle:
Os melhores resultados para o controle da lagarta elasmo são obtidos com a utilização de inseticidas sistêmicos aplicados preventivamente no solo, por ocasião do plantio. este tipo de controle é recomendado porém, somente em regiões onde tradicionalmente ocorre praga. Em locais onde a ocorrência é esporádica, recomenda-se uma pulverização, dirigindo-se o jato da calda inseticida para a região do colo da planta. Para esta aplicação, podem-se utilizar produtos à base de Carbaryl (1,7kg p.a./ha, Malathion (0,75 litros p.a./ha) ou Trichlorphon (1kg p.a./ha ou Cloropirifos (0,3 litros p.a/ha).
a- Controle natural: essa praga é pouco afetada pelos inimigos naturais,por estar protegida dentro da planta .
b- Controle mecânico: a utilização de plantio direto diminui sua incidência , pois possibilita maior retenção de água no solo, e essa praga não é adaptada a ambientes úmidos.A irrigação também pode ser um método de controle desde que economicamente viável.
c- Controle químico: tratamento de semente: pode ser feito com produtos do grupo químico dos carbamatos (thiodicarb, carbofuran, furatiocarb ou finil-pirazóis como o fipronil). Pulverizações: em condições favoráveis a praga o tratamento de semente torna-se pouco eficiente sendo necessária a utilização de tratamento quimico.

Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), As lagartas se escondem no solo, em torno das plantas, durante o dia e saem à noite para se alimentar da haste destas, provocando cortes nas mesmas, de modo que se as plantas atacadas forem pequenas, o corte na haste pode ser total. As plantas atacadas geralmente tornam-se improdutivas, o ataque geralmente só ocorre em plantas com até cerca de 50 centímetros de altura. A identificação é feita através de plantas que apresentam cortes na haste, causando morte das plantas quando esse corte for grande. Pode ocorrer ainda perfilhamento, gerando touceiras improdutivas.
Quando tocada, a lagarta enrola-se, lembrando a forma de uma rosca. A praga conhecida como lagarta-rosca envolve várias espécies de lagartas, dessa forma, o controle através de agrotóxicos se torna difícil, a espécie mais comum é a Agrotis ipsilon.
Controle
Os mesmos produtos recomendados para o controle da lagarta-elasmo são também eficientes no controle da lagarta-rosca.

Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), : Juntamente com a lagarta-elasmo, é uma das principais pragas do milho. Inicialmente as lagartas se alimentam das folhas mais novas, raspando-as, sintoma este denominado “folhas raspadas”, e posteriormente realizam furos no cartucho, até danificá-los por completo. Devido ao canibalismo, geralmente encontra-se apenas uma lagarta no cartucho, sua presença é indicada pela presença de excrementos na planta. Quanto maior a produtividade esperada, mais rápido deve-se iniciar as medidas de controle. Algumas das medidas indicadas são, controle de plantas daninhas hospedeiras da lagarta, aração após a colheita (para matar as pupas existentes no solo), o uso de Baculovirus (que possui eficiência comparável à de agrotóxicos, com a vantagem de não prejudicar inimigos naturais e nem poluir o meio ambiente), e uso de agrotóxicos. Independente do estádio de crescimento da planta, a pulverização deve ser através de bico leque, preferencialmente com ângulo de 80 graus. O volume de água a ser utilizado pode variar
de 80 litros (plantas mais jovens) a 300 litros. No entanto, a eficiência do controle nas aplicações tratorizadas cai significativamente à medida que a planta se desenvolve.
Considerando esse fato e também o fato dela planta ser mais sensível ao ataque da praga no estádio de 8 a 10 folhas, essa é a época essencial para o controle da praga, visando evitar danos econômicos mais tarde, especialmente em relação ao ataque nas partes reprodutivas do milho. Também deve ser considerado o estádio de desenvolvimento da própria praga, pois a eficiência da aplicação v ai ser menor à medida que se aplica os produtos sobre larvas mais desenvolvidas. Se a aplicação for necessária nesse caso deve-se fazer o ajuste na dose do produto.
Controle
A CATI vem fazendo um trabalho de MIP Milho, cuja praga alvo é a lagarta do cartucho. O controle é feito através de monitoramento da cultura e a aplicação do produto é feita quando a cultura apresenta 20% de plantas com o sintoma de "folhas raspadas", que é o nível de dano econômico da praga. Nessa fase as lagartas estão com 7 a 8 mm. As pulverizações são feitas com jato dirigido utilizando-se principalmente, os bicos leque 8004 ou 6504.
Foram utilizados os seguintes produtos e dosagens em excelente resultados:
- Alsystin - 100g/ha - i.a triflumuron - produto fisiológico
- Dimilin - 100g/ha - i.a: diflubenzuron - produto fisiológico
- Fury - 180EW. 50ml/ha - i.a Zetacipermetrina-produto piretróide
- Karate 50CE-150ml/ha - i.a Lambdacyhathrin - produto piretróide
- Decis 25CE-200ml/ha - i.a deltametrina - produto piretróide
- Arrivo - 80ml/ha - i.a: cipermetrina - produto piretróide

Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea), _ e Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda): A lagarta da espiga se alimenta dos grãos em formação na espiga, além de favorecer o aparecimento de caruncho e da traça. Na fase de milho verde pode-se encontrar uma lagarta no interior da espiga infestada, localizada na ponta da espiga. A lagarta do cartucho ocorre mais comumente no cartucho da planta, porém pode ocorrer também nas espigas. Se a lagarta não for controlada após a postura dos ovos, seu controle após entrar na espiga torna-se difícil. Caso o objetivo seja a produção de milho verde pode-se utilizar o controle mecânico, cortando a ponta da espiga com um facão. O uso de cultivares que apresentem bom empalhamento ajuda a diminuir a incidência dessas pragas. Além disso, também há a possibilidade de uso de controle biológico.
Controle
Os dados de pesquisa têm mostrado que a lagarta-da-espiga não é tão problemática para a cultura do milho, quando este se destina à produção de grãos. A importância desta praga seria maior no caso da exploração de milho verde. neste caso, a importância do inseto está mais relacionada ao aspecto visual da espiga do que propriamente ao aspecto direto da perda de peso. Esta perda, segundo dados da literatura, foi da ordem de 8,4% , em experimentos realizados em Jaboticabal - SP.
Além deste aspecto, deve-se considerar ainda a dificuldade de se fazer um tratamento químico em uma lavoura de milho já formada, e o problema da carência (período decorrido da aplicação do inseticida até o consumo do produto) que se deve respeitar. Portanto não se tem recomendado o controle desta praga com inseticidas. Entretanto, caso seja necessário o controle, pode-se usar inseticida à base de Carbaryl, Tricholorphon e Metoxicloro, todos à base de 1,0kg do princípio ativo por hectare.


Percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus):os percevejos são insetos sugadores de seiva, introduzem toxinas nas plantas produzindo áreas necrosadas no sentido transversal da folha podendo até dobrar na parte danificada.
Controle:
Pode ser feito através do tratamento de semente com inseticida sistêmico do grupo dos neonicotinóides, no entanto quando o índice de infestação é maior que 1 percevejo por metro quadrado, o tratamento de semente deve ser associado a pulverizações de parte aérea com inseticidas de bom efeito de choque associado a ação sistêmica.

Cigarrinhas (Peregrinus maidis e Dalbulus maidis): Se encontram dentro do cartucho e sugam a seiva da planta, podendo transmitir doenças como o enfezamento do milho. O controle pode ser feito utilizando-se cultivares resistentes às doenças,
- Evitar multiplicação do vetor em plantios sucessivos;
- Erradicação de plantas voluntárias na área antes do plantio;
- Uso de cultivares menos susceptíveis aos patógenos;
- Tatamento de semente com inseticidas sistêmicos.

Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta): A forma adulta causa danos ao milho ao sugar a seiva das plantas e injetar toxinas que impedem a circulação da seiva. Plantas até cerca de dez dias de idade são muito sensíveis ao ataque dessas cigarrinhas, porém acima de 17 dias as plantas já são bem tolerantes. As cigarrinhas podem migrar das pastagens para a cultura do milho.
Controle: Pode-se utilizar o tratamento de sementes como método de controle ou ainda o uso de agrotóxicos caso ocorra a infestação em plantas maiores. Evitar o cultivo em áreas próximas a pastagens de Brachiaria;
- Tratamento de sementes com inseticidas é eficiente.

Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis): Se alimentam da seiva da planta, e são vetores de viroses como o mosaico, além de permitir que se desenvolva nas folhas um tipo de fungo (fumagina) que prejudica a realização da fotossíntese pela planta. Podem ser identificados verificando-se a presença de colônias de pequenos insetos esverdeados geralmente dentro do cartucho.
Controle: Pode-se utilizar o controle biológico ou ainda o uso de agrotóxicos em casos de alta taxa de infestação. Métodos de controle:
- Eliminação dos hospedeiros do patógeno e do vetor:
- Tratamento de sementes oferece proteção;
- Inimigos naturais têm ação na manutenção do equilíbrio;
- Raramente é necessário tomar outras medidas de controle.

Curuquerê dos capinzais (Mocis latipes): Atacam as folhas a partir das bordas, deixando apenas as nervuras centrais. Como métodos de controle citam-se a eliminação de plantas daninhas que possam servir de hospedeiras e o controle químico, realizado assim que for constatada a presença do inseto. Há produtos biológicos à base de Bacillus thuringiensis que podem ser aplicados. Trata-se de um inseticida microbiano seletivo para lagartas

Broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis): As lagartas penetram no colmo e fazem galerias.
A planta atacada pode produzir normalmente, porém a planta torna-se bastante suscetível à queda por ação do vento. A praga pode ser identificada abrindo-se o colmo da planta, onde se encontrará a lagarta ou sua galeria.
Controle:Um dos métodos de controle indicados é o biológico com Cotésia flavipes que é o único inimigo natural da broca (Diatrea saccharilis).
Métodos de controle:
- Tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos;
- Pulverização dirigida para a base da planta.

Pragas subterrâneas: Atacam as sementes ou as raízes, e quando não destroem por completo as sementes, as enfraquecem, sendo que no segundo caso, as plantas não resistem às condições do meio, como competição com outras plantas e acabam por morrer posteriormente. São identificadas por danos ou falhas na plantação (não confundir com falhas devido a problemas no plantio). No início da germinação é possível encontrar a semente danificada e/ou a praga caso se cave o solo no local das falhas. Exemplos de pragas iniciais são larva alfinete (Diabrotica speciosa), larva-arame (Melanotus sp.), larva-angorá (Astylus spp.), percevejo-castanho (Scaptocoris castaneum), bicho-bolo ou coró
(Phlyllophaga sp., Cyclocephala sp.), algumas espécies de cupins, dentre outros. O uso de rotação de culturas, controle de plantas daninhas, aração após a colheita e uso preventivo de agrotóxicos são alguns métodos para tentar controlar essas pragas.

Pragas que atacam os grãos armazenados

Traça
É uma mariposa de 5-7mm de comprimento e coloração amarelo-palha. A fêmea pode pôr cerca de 400 ovos durante a vida, que varia de 5-10 dias. Dos ovos emergem pequenas larvas que penetram nos grãos destruindo o embrião e o endosperma. Seu ciclo dura cerca de 30-35 dias.
É uma praga que ataca os grãos da superfície dos depósitos a granel, mas em paióis ela pode aprofundar-se. Devido à maior quantidade de espaços vazios existentes na massa armazenada, o milho em espigas é mais danificado que o milho a granel.

Caruncho - Sitophilus zeamais
São pequenos besouros negros, medindo 3-4mm e com o bico projetando-se da cabeça. A fêmea consegue viver de 4-5 meses, colocando em média 180 ovos nesse período.
Os danos no milho são causados pelo adulto e pelas larvas, que se desenvolvem no interior dos grãos. O orifício de emergência do adulto apresenta as bordas irregulares ou quebradas, o que diferencia do adulto de S. cerealella, que é arredondado.

Roedores
Os roedores que atacam o milho são as ratazanas, o rato comum e o camundongo. Essa praga pode destruir dez vezes mais alimento do que necessita. Além desses prejuízos, esses roedores podem transmitir ao homem cerca de 35 doenças. A leptospirose, doença que provoca o aborto, comumente diagnosticada em suínos, encontra na urina dos ratos seu mais freqüente transmissor.

Controle de pragas dos grãos armazenados

As pragas dos grãos armazenados causam os seguintes prejuízos:
Redução de peso e valor Comercial: Os insetos ao se alimentarem do grão consomem e destroem grandes quantidades de material, concorrendo grandemente para redução no peso. Os danos causados nos grãos também influenciam o valor comercial do produto.
Redução da Qualidade: Além das perdas anteriormente mencionadas, as pragas provocam perdas significativas na qualidade dos grãos. A qualidade é depreciada devido à poluição da massa de grãos pela presença de ovos, larvas, pupas, adultos e excrementos. Deve-se considerar que esta poluição persiste nas farinhas.
Perdas no Poder Germinativo: O caruncho e a traça começam a destruição da semente pela região do embrião. Uma semente carunchada geralmente não germina se germinar, irá dar origem a uma planta deficiente, incapaz de produzir satisfatoriamente.
No Brasil há duas espécies de carunchos que atacam o milho, o Sitophilus zeamais e Sitophilus oryzae, sendo esta última menos comum. Estes carunchos são pequenos besouros castanhos, medindo 3-5mm e com um bico projetando-se da cabeça. os danos no milho são causados pelos adultos e pelas formas jovens que se desenvolvem no interior dos grãos, emergindo quando se transformam em adultos.

Controle de insetos
No Estado de São Paulo, 70% da produção é armazenada em palha, na propriedade.Como esse milho é armazenado em péssimas condições o prejuízo anual é da ordem de 20% em peso. Como a grande parte do milho é armazenada em palha, a recomendação que segue é para o milho armazenado nessa condição.
Para que se tenha um bom controle dos insetos é necessário que se faça:
a) Limpeza e desinfecção dos locais de armazenamento com os seguintes produtos:
- Quantidade de inseticida e água a serem aplicados, para a desinfestação dos locais de armazenamento.
_____________________________________
Aplicação Dosagem ÁreaProdutos químicos em ___________________ aInseticida Água cobrir________________________________________
Deltametrina-CE 5g/l alvenaria 15ml 1 litro 10m²(pulverização madeira 5ml 1 litro 5m²Pirimifos Metil-CE alvenaria 10ml 1 litro 10m²500g/l (pulverização) tábuas 5ml 1 litro 5m²________________________________________

b) Aplicar 500g do produto deltametrina pó (K'Obiol 2p) por tonelada de milho, o que corresponde a 40 a 50g do produto comercial por m² em camadas de 25 cm de milho em palha. Após 7 dias da aplicação o milho pode ser consumido por homens ou animais.

O controle dos roedores:
Os melhores métodos de controle desses pequenos animais nas propriedades é evitar a entrada com a construção ou reforma dos armazéns com proteção anti-ratos. Outras medidas de controle, tais como a utilização de gatos, armadilhas, eliminação de lixos e refúgios, ajudam a diminuir o problema. Porém, é bom saber que a simples presença dos gatos não significa que já se tem o controle dos ratos.
Aos agricultores que já possuem armazéns em suas propriedades, a melhor solução é o uso de raticidas. Os raticidas mais eficientes são os anticoagulantes, de ação lenta, e entre eles o que dão melhores resultados são aqueles de dose única.
O raticida deve ser aplicado à base de 10 a 25g por ponto de iscagem, em numerosos pontos, permitindo, assim, que todos os roedores da colônia tenham acesso a pelo menos 3g da isca. Não há necessidade de reposição das iscas, e o rato morre no quarto ou quinto dia após ter ingerido o produto.
Recomendamos colocar as iscas diretamente nas tocas, nas trilhas ou no local onde os ratos procuram os alimentos.
Deve-se repetir a operação após sete dias para apanhar os ratos que, por algum motivo, não comeram o raticida.

NEMATÓIDES
Já foram detectados diversos gêneros de nematóides em milho, que em regiões infestadas e principalmente em plantios tardios tem causado grandes prejuízos.
A recomendação para o controle dos nematóides seria a rotação de cultura e o uso de cultivares tolerantes.

Doenças
As principais doenças na cultura do milho são:

Antracnose-do-colmo (Colletotrichum graminicola), doença caracteriza-se pela
presença de lesões de formas variadas, sendo às vezes
difícil o seu diagnóstico. Nas nervuras, é comum a
presença de lesões elípticas com frutificações.
Manejo da doença: Plantio de cultivares resistentes. A
rotação de cultura é essencial para a redução do
potencial de inóculo presente nos restos de cultura

Enfezamento do milho (Spiroplasma kunkelli),
Essa enfermidade foi observada inicialmente na Califórnia, EUA, em 1942. Desde esta época tem sido observada em terras baixas, quentes e úmidas no México, sul dos EUA e em países da América Central e América do Sul. Embora originariamente tenha-se informado que essa moléstia era causada pela "raça Rio Grande" do vírus que causa o enfezamento do milho, hoje o patógeno foi reidentificação como um micoplasma helicoidal ou Espiroplasma. As plantas infestadas mostram bandas amplas de cor amarela na base das folhas mais jovens que pode tornar-se de coloração púrpura-avermelhada na direção à ponta. Normalmente as plantas sofrem de ananismo ou enfezamento, devido a redução dos entrenós. As gemas axilares desenvolvem espigas estéreis e também apresentam uma ramificação excessiva das raízes. em casos severos, as plantas não produzem espigas ou produzem poucas sementes, e também morrem prematuramente. A moléstia é transmitida por várias espécies de cigarrinhas que variam em sua eficiência de transmissão; o vetor mais comum é Dalbulus maidis (De L. & Wolc.). O patógeno não se transmite mecanicamente.

Enfezamento-vermelho (fitoplasma), Os sintomas típicos dessa doença são, o avermelhamento das folhas, a proliferação de espigas, o perfilhamento na base da planta e nas axilas foliares e encurtamento dos entrenós.
Manejo da doença: O controle dessas doenças mais eficiente é a utilização de cultivares resistentes. Outras práticas recomendadas para o manejo dessas doenças são: evitar semeaduras sucessivas de milho, fazer o pousio por período de dois a três meses sem a presença de plantas de milho e alterar a época de semeadura, evitando-se a semeadura tardia do milho.

Ferrugem-comum (Puccinia sorghi), Esta moléstia acha-se amplamente distribuída por todo o mundo.
A ferrugem comum do milho torna-se mais visível quando as plantas se aproximam da fase do florescimento. Pode ser reconhecida pelas pequenas pústulas que aparecem na bainha e na lâmina foliar. As pústulas têm cor marrom-escuro nos primeiros estágios de infecção; mais tarde, rompe-se a epiderme e, à medida que a planta amadurece, as lesões adquirem uma coloração preta. As plantas do hospedeiro intermediário (Oxalis spp) com frequência são infectadas e apresentam pústulas de cor laranja-clara. Este é outro estágio do ciclo do fungo (sexual).
Manejo da Doença: Plantio de cultivares com resistência genética.

Ferrugem-polissora (Puccinia polysora), As pústulas são menores, de cor mais clara e mais arredondada do que as produzidas por P. sorghi. Encontram-se, também, em ambas as faces das folhas, mas a epiderme fica intacta por mais tempo do que nas folhas atacadas por P. sorghi. As pústulas adquirem uma coloração marrom-escura á medida que as plantas se aproximam da maturação. Não se conhece hospedeiro intermediário desse fungo. Essa ferrugem é muito comum em regiões quentes e úmidas.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares com resistência genética.

Helmintosporiose-comum ou mancha-de-turcicum (Exserohilum turcicum = Helminthosporium turcicum), Os primeiros sintomas podem ser facilmente identificados, como pequenas lesões de forma quase oval e aquosa que aparecem nas folhas do milho. Elas desenvolvem-se em extensas lesões necróticas, fusiformes. Aparecem de início, nas folhas inferiores e continuam aumentando de tamanho e de número à medida que a planta se desenvolve, até que ela se apresenta completamente queimada, numa forma muito característica.
A moléstia aparece em todo o mundo, mas observa-se principalmente, nas zonas onde ocorrem alta umidade e temperaturas relativamente baixas, durante o desenvolvimento da planta. Quando a infecção aparece por ocasião do florescimento da flor feminina e as condições são favoráveis, ela pode causar vultosos prejuízos econômicos.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares resistentes e rotação de culturas.
Mancha-de-cercospora (Cercospora zeae-maydis), Em reunião realizada na Embrapa Milho e Sorgo, no dia 1 de agosto de 2000, foi estabelecida uma série de recomendações, relacionadas a seguir, para o manejo da doença a curto prazo, a serem seguidas nas regiões produtoras em que a doença foi constatada com alta severidade:
Evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a mancha por Cercospora ocorreu em alta severidade, para reduzir a concentração de inóculo.
Realizar rotação de culturas nas regiões de ocorrência da mancha por Cercospora em alta severidade, com culturas como a soja, o sorgo, o girassol, o algodão e outras, uma vez que o milho é o único hospedeiro da Cercospora zeae-maydis.
Para evitar o aumento do potencial de inóculo da Cercospora, e também de outros patógenos, como Phaeosphaeria maydis, Diplodia spp e Helminthosporium spp, deve-se evitar o plantio de milho após milho.
Plantar cultivares diferentes em uma mesma área e, em cada época de plantio, se possível, substituir essas cultivares por outras, visando garantir a presença de genótipos com diferentes níveis de resistência genética e, conseqüentemente, evitar grandes perdas na produção.
Para minimizar os efeitos da manha por Cercospora na produção', deve-se, também, realizar adubações de acordo com as recomendações técnicas, para evitar desequilíbrios nutricionais nas plantas de milho favoráveis ao desenvolvimento desse patógeno, principalmente a relação nitrogênio/potássio.
Em face da carência atual de informações sobre a resistência genética das cultivares comerciais, fica a cargo das empresas produtoras de sementes a indicação de cultivares menos susceptíveis, para as regiões de maior risco de ocorrência da mancha por Cercospora em alta severidade
Para que essas medidas sejam eficientes, recomenda-se sua aplicação regional (em macrorregiões), para evitar que, quando aplicadas apenas em uma ou poucas propriedades, a doença volte a se manifestar a partir de inóculo trazido pelo vento, de lavouras vizinhas infectadas.
Embora existam informações, na literatura internacional, sobre produtos fungicidas efetivos no controle da mancha por Cercospora em milho, até o momento, não há qualquer produto registrado no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, no Brasil, para essa finalidade.

Pinta-branca ou feosféria (Phaeosphaeria maydis),
Esta moléstia, de reduzida importância, encontra-se restrita a algumas regiões do Brasil e do Norte da Índia, onde também existe Exerohilium turcicum. Seu desenvolvimento é favorecido por condições de alta precipitação pluvial e temperaturas noturnas relativamente baixas.
As lesões aparecem como pequenas áreas de cor verde-clara, que, mais tarde, ficam cloróticas e morrem circundadas por margens de cor marrom-escuro. As manchas nas folhas são circulares ou um pouco ovais.
Manejo da Doença: Plantio de cultivares resistentes.
Plantios realizados mais cedo reduzem a severidade da doença. O uso da prática da rotação de culturas contribui para a redução do potencial de inóculo.

Podridão-branca-da-espiga (Diplodia maydis e D. macospora): Os grãos apresentam cor marrom, baixo peso e em condições de alta umidade há formação de um micélio branco entre as fileiras de grãos. O desenvolvimento da doença é uniforme na espiga, podendo se iniciar pela base ou pela ponta da espiga. Essa doença é favorecida por chuvas prolongadas 2-3 semanas após o florescimento; espigas mal empalhadas, com palhas frouxas e não decumbentes.
Manejo da doença: O controle é conseguido pela utilização de cultivares de milho que apresentam espigas bem empalhadas, decumbentes e com palhas bem aderidas.

Podridão-da-espiga (Fusarium moniliforme): Fusarium é um fungo favorecido por danos no pericarpo e nas espigas, causados por pássaros ou insetos.
Essas podridões são favorecidas por períodos prolongados de chuvas, 2-3 semanas após o florescimento e temperatura entre 28 e 30º C: altos níveis de N e baixos níveis de K; alta densidade de plantio; danos foliares severos causados por insetos ou doenças. Fusarium é favorecido também por ferimentos nas raízes ou nos colmos causados por nematóides ou insetos as podridões causadas por Diplodia maydis e Fusarium moniliforme são podridões secas e ocorrem após a fase de enchimento dos grãos. Colmos apodrecidos por Fusarium podem apresentar coloração avermelhada.
Manejo da doença: Uso de cultivares resistentes. Evitar altas densidades de semeadura. Realizar adubações de acordo com as recomendações técnicas para evitar desequilíbrios nutricionais nas plantas de milho.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O que ver em mim...



Se algum dia olhar em meu rosto
E ver marcas de tristeza
não se preocupe
pois a mágoa que me causar será esquecida

Se algum dia olhar em meu rosto
E vir um sorriso
não se espante, pois ainda
estarei me divertindo com as alegrias
que me dás hoje...

Se algum dia olhar em meu rosto
e vir cair uma lagrima
não se deprima , pois meus olhos
Expressam assim, saudades dos nossos melhores momentos...

Mas se um dia olhar em mim
e ver por um acaso que o meu sentimento acabou
limpe os olhos e olhe de novo pois,
nao importa o tempo que passe
meu coração comservará sempre por você incomensurável Amor.....



Bruna Batista

Poema dedicado á Diego P. Bergamo .

Rimas de Amor...



Se brigas comigo
eu quero chorar
desculpe te amo
e não posso negar


Um beijo no rosto
traz felicidade
desculpe te amo
para a eternidade


Se diz que me ama
fico em nostalgia
é que sua palavras
tem certa magia
As vezes te pego
me olhando e sorrindo
é aí que percebo
que estava dormindo
A noite vislumbro
o céu estrelado
mas eu amo a estrela
que está do meu lado



Bruna Batista



Um dos meus poemas mais idotas mas de qualquer jeito... as vezes qndo amamos cm intensidade fikamos realmente bobos ....
dedicado á : Diego P. Bergamo