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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Aula de Campo da E.E.F.M. José de Alencar

      A aula foi desenvolvida na seguintes localidades: APA do Pacoti, Rio Coaçu , Centro Histórico do Município de Aquiraz e riacho Maceió. Os alunos puderam desfrutar das belezas dos mangues cearenses com sua fauna e flora riquíssimas, bem como, do exuberante centro histórico de Aquiraz com sua arquitetura colonial e belíssima praça coberta pelo verde das árvores ali preservadas. Deixem as imagens falarem por nós.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CAIXA ENTOMOLOGICA

A Caixa entomológica é uma grande ferramenta para pesquisar insetos, os insetos são coletados, examinados para verificação da espécie e grupo a qual pertencem, em seguida são depositados nas caixas onde é usado um alfinete para fixá-lo, junto com a estiqueta de identificação deste ser vivo, o nome do coletor e o local onde foi coletado, também é colocada naftalina na caixa para conservação .


Através dos pesquisadores que dedicaram seu tempo para coleta e identificação para confecionar a caixa entomológica, hoje sabemos que existem aproximadamente 800 mil espécies de insetos diferentes descritas, além disso foi possível conhecer hábitos de muitos, seu ciclo de vida. Existem insetos, parasitas, transmissores de doenças, pragas para agricultura, mas, em contrapartida muitos desempenham um grande papel na cadeia alimentar, servindo de alimento para outros animais, além de serem indispensáveis na polinização das plantas, por se alimentarem do néctar das flores e encherem suas patas de grãos polén carregando-os para outras flores, executando, assim a reprodução sexuada. Podem se utilizados para controle biológico, em alguns paises são usados como alimento, na forma adulta ou as larvas.

Os insetos são invertebrados, seu esqueleto é externo, é chamado de exoesqueleto, feito de quitina, quando eles crescem, é como se trocassem de roupa, a carapaça vai saindo, eles a abandonam porque logo vai se desenvolvendo outra por baixo da antiga, certamento muitos já viram uma casquinha de cigarra seca em árvores, pois é, isso quer dizer que ela cresceu!

Preste atenção, para ser inseto o organismo tem que ter: o corpo dividido em 3 partes: cabeça, tórax e abdome; 3 pares de patas somente, 1 par de antenas e a maioria tem asas, portanto, aranha não é inseto.

abaixo estão relacionados alguns sites que irão apresentar mais informações sobre caixas entomológicas.
Sites:
http://www.lepidoptera.datahosting.com.br/colecionando1.html
http://www.pragas.com.br/noticias/destaques/colecao_insetos.php

segunda-feira, 7 de junho de 2010

AVC em Jovens

    O AVC nos jovens (dos 18 aos 45 anos) constituiu no nosso estudo 6% do total de AVC.s diagnosticados, sendo na sua maioria isquémicos, o que está de acordo com a literatura (variação de 3,9% a 13,5%, com predomínio do AVC isquémico, embora alguns estudos reportem taxas na ordem dos 19 a 30%), tornando-se portanto uma patologia de relevo neste grupo etário.
    Tal como descrito por outros autores, verificou-se um predomínio do sexo feminino até aos 35 anos e do sexo masculino após essa idade e um aumento crescente da incidência do AVC isquémico, em ambos os sexos, a partir dos 35 anos atribuído principalmente a uma maior incidência de aterosclerose precoce.
     A pesquisa de factores de risco cardiovascular demonstrou na nossa população uma elevada prevalência com 86,7% dos doentes com pelo menos um factor de risco identificado. Mesmo se considerarmos cada factor de risco individualmente verifica-se uma prevalência bastante superior à descrita na literatura para este grupo etário.
    Ao considerarmos apenas a subpopulação com AVC isquémico esta percentagem é ainda maior (94%), o que justifica que a principal etiologia, do AVC isquémico nesta população tenha sido a aterosclerose precoce em 42,9% destes doentes: ateromatose de grandes vasos em 28,6% (dos quais 30% já com evidência imagiológica de doença aterosclerótica difusa) e lacunares em 14,3%, bastante superior à habitualmente descrita. Verificou-se ainda que é uma etiologia particularmente importante nas classes etárias dos 35 aos 45 anos.
    A fibrodisplasia e a dissecção arterial foram responsáveis por 11,4% dos eventos, indo de encontro ao previamente descrito (entre 2,1% e 21%). Na nossa população a incidência de AVC de etiologia cardio-embólica foi bastante inferior ao habitualmente descrito (19 a 35%), o que poderia sugerir uma investigação não exaustiva destes doentes. No entanto, o ecocardiograma só não foi efectuado em seis doentes porque: quatro apresentavam factores de risco cardiovascular múltiplos com alterações significativas no ecodoppler carotídeo ou enfarte lacunar, considerou-se um de causa cardio-embólica por fibrilação auricular e outro faleceu. Nos doentes cuja etiologia não foi encontrada o ecocardiograma transtorácico foi efectuado em todos e quatro efetuaram ecocardiograma transesofágico. Admite-se que nestes doentes, deveria ser efetuado por rotina ecocardiograma transesofágico, precocemente, o que nem sempre é viável no nosso hospital por exigir referência a outra instituição.
     Em 25,7% dos doentes não foi possível determinar a etiologia do AVC. Na literatura a percentagem de casos de etiologia indeterminada varia de 4 a 27% dependendo da definição da etiologia.
    Alguns autores consideram que o uso de anticoncepcionais orais (ACO) é por si só um factor de risco suficiente para se lhe atribuir a ocorrência do AVC na ausência de outras causas identificáveis. O Collaborative Group for the Study of Stroke in Young Women afirma que o uso de ACO se associa a um risco nove vezes maior, risco esse que aumenta significativamente se se associa a enxaqueca, tabagismo ou outros factores de risco. Gautier et al consideraram que a toma de ACO foi a causa de 43% dos AVC.s isquémicos nas mulheres jovens incluídas no seu estudo12. No nossa população 77,8% das mulheres que sofreram AVC isquémico tomavam ACO.
    O consumo de álcool também tem sido considerado, por alguns autores, como factor de risco cardiovascular pelo risco de indução de arritmias cardíacas, aumento da pressão arterial e da agregabilidade plaquetária, redução do fluxo sanguíneo cerebral por estimulação da contracção do músculo liso vascular e alteração do metabolismo cerebral.
    No nosso estudo 17% dos doentes tinham hábitos alcoólicos. Controverso, também, é o achado de enxaqueca como antecedente pessoal num doente com AVC, como causa suficiente, baseado na fisiopatologia, isto é, possibilidade de induzir vasoespasmo e/ou arteriopatia, embolia ou alterações plaquetárias. Revendo a literatura conclui-se que este deve ser um diagnóstico de exclusão, tendo-lhe sido atribuída a etiologia do AVC em 12,5% dos casos descritos no estudo de Bevan et al (estudo retrospectivo de 113 jovens, entre 15 e 45 anos, com AVC, dos quais 48apresentavam AVC isquémico). Dois dos nossos doentes tinham história de enxaqueca, mas não se encontravam em crise na altura do AVC.
    Assim, se alargarmos a definição da etiologia do AVC isquémico, abrangendo as causas atrás descritas, ficamos apenas com um caso de etiologia indeterminada (2,8%), uma vez que dos nove doentes em quem não foi possível determinar a causa do AVC: cinco tomavam ACO, duas doentes tomavam ACO e tinham história de alcoolismo e tabagismo e outro tinha história de alcoolismo e tabagismo.
     A taxa de mortalidade precoce (na primeira semana) foi de 11,4%, um número semelhante ao descrito na literatura (variação de 5 a 17%). Na nossa população o AVC hemorrágico correspondeu a 22,2% do total de AVC.s diagnosticados neste grupo etário, um número semelhante ao apresentado na literatura revista. Houve uma maior incidência no sexo feminino, mas devido ao reduzido número de casos não é valorizável. Ocorreu em idades mais jovens que o AVC isquémico, mas também estes doentes apresentavam na sua maioria factores de risco cardiovascular: HTA (cinco doentes), dislipidemia (um doente) e uso de ACO (um doente); embora 40% não apresentassem qualquer factor de risco (provavelmente por pertencerem a grupos etários mais jovens).
      Provavelmente, pelo número reduzido de doentes, foi possível determinar a etiologia em todos os casos, excepto no doente que faleceu precocemente. Em 50% a etiologia foi hipertensiva, ou seja, um número ligeiramente superior ao descrito na literatura, mas que se enquadra na elevada prevalência de HTA nestes doentes.
     A taxa de mortalidade no AVC hemorrágico foi elevada (30%), mas dentro dos valores esperados para este tipo de patologia.
     No nosso estudo a prevalência da doença vascular cerebral, em grupos etários jovens, foi significativa. Na população estudada, a aterosclerose precoce, associada a uma incidência de factores de risco cardiovascular superior à descrita na literatura, para este grupo etário, foi o principal factor etiopatogénico. O prognóstico da doença cerebrovascular é mais favorável em idades jovens, no entanto, no nosso estudo, a mortalidade atingiu 15,6% e 9% dos doentes ficaram gravemente incapacitados. Estes dados remetem-nos para a necessidade de optimizar os cuidados de saúde primários, melhorando a eficácia da prevenção primária.

domingo, 6 de junho de 2010

Bacterias com DNA sintético

Bactéria controlada por genoma sintético

Genoma sob medida

     No Estúdio CH desta semana, o bioquímico Franklin Rumjanek analisa a obtenção das primeiras bactérias controladas por um genoma sintético. A equipe de Craig Venter de fato criou vida artificial, como se anunciou com alarde? Quais as implicações deste feito?
     Bactérias da espécie Mycoplasma mycoides, controladas por um genoma sintetizado em laboratório, observadas ao microscópio eletrônico.
      Em entrevista ao repórter Fred Furtado, Rumjanek recomenda cautela ao se analisar o feito da equipe de Venter, dos Estados Unidos. “Os cientistas estão longe de ter criado vida artificial”, esclarece o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e colunista da revista Ciência Hoje.
“O que eles fizeram foi uma extensão de técnicas que já existiam – introduzir genes estranhos em determinados cromossomos e transplantar esse cromossomo para um determinado vetor”, explica o bioquímico.
     “Isso introduz uma série de inovações, mas vida, mesmo, é algo bem mais complexo do que só o DNA”A grande novidade, segundo ele, foi fazer o cromossomo de maneira sintética. “Isso obviamente introduz uma série de inovações, mas vida, mesmo, é algo bem mais complexo do que só o DNA”, diz Rumjanek.
      Essa ponderação não tira o mérito da equipe de Venter. Na entrevista para o nosso podcast, Franklin Rumjanek discute ainda as possíveis aplicações dessa nova tecnologia, como a criação de microrganismos que sintetizem proteínas específicas e as perspectivas que ela abre para a terapia gênica.
     O bioquímico destaca ainda os questionamentos éticos levantados por essa pesquisa e a perspectiva de laboratórios brasileiros de trabalharem com a tecnologia desenvolvida pelo grupo de Venter.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O que é um herbário?
     É uma colecção de plantas prensadas e secas, dispostas segundo determinada ordem e disponíveis para referência ou estudo, podendo estas estarem ligadas a uma chave dicotômica.
     Um herbário pode conter algumas centenas de exemplares colhidos num determinado local, ou, geralmente, ser composto de milhões de exemplares, acumulados ao longo de muitos anos e que documentam a flora de um ou mais continentes.
      O objectivo geral da gestão de um herbário é a colheita e conservação de exemplares de plantas com as respectivas etiquetas. Nas etiquetas podem constar nome vulgar e nomes cientifico das espécies, bem como a utilidade destas planta como é feito em algumas escolas publicas com alunos do ensino fundamental, nas quais trabalham inicialmente com plantas medicinais, para estimular o uso correto das mesmas.
A formação de herbários iniciou-se mais ou menos no século XVI na Itália, como coleções de plantas secas e cosidas em papel. Acredita-se que a pratica tenha tomado forma com o naturalista lineu (1707 - 1778).
Como se faz uma prensa para secar o material para conservar no herbário?
Material necessário
- 2 placas de madeira (dimensões sugeridas – 40x30 cm), com um furo a 2,5 cm de cada um dos quatros cantos
- 4 parafusos compridos com porcas de orelhas e jornais. Podem ser utilizadas tiras de camaras de ar de bicicleta ou outras borrachas.
Procedimento
     Sobre uma das placas de madeira colocar vários jornais, depois um exemplar completo da espécie a herborizar, preferencialmente com flores, dentro de um jornal e, novamente, jornais vazios, formando camadas. Não esquecer de colocar junto a cada planta colhida uma etiqueta com os seguintes elementos: nome da planta (científico, se conhecido, ou vulgar), local da colheita (o mais pormenorizado possível, com distrito, lugar, ecologia, se é seco/húmido, próximo de caminhos, altitude, etc.) data da colheita, nome do colector.
     É importante haver jornais sem plantas entre exemplares herborizados, para a humidade que sai das plantas e que é absorvida pelos jornais não passar de um exemplar para outro. Assim, evita-se o crescimento de fungos (mofos) nas plantas e fermentações, que as danificavam, não permitindo a sua conservação.
       as folhas de jornais devem ser trocadas periodicamente a medida que forem ficando muito úmidas. mais a exposição ao sol acelera o processo, diminuindo o aparecimento de bolores. para mais detalhes acessem o link:http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/64AA613E-0EBC-46F4-B295-67A74BE7150A/6298/comofazerherb%C3%A1rio.pdf

Bacteria produtora de Energia

Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Biodesign, da Universidade do Arizona, EUA, pelos pesquisadores Andrew Kato Marcus (líder da pesquisa), Cesar Torres e Bruce Rittmann, utilizou bactérias para gerar eletricidade. Essa pesquisa foi divulgada no periódico Biotechnology and Bioengineering. A pesquisa aponta para uma possível comercialização de uma tecnologia conhecida como célula microbiana combustível (MFC, sigla em inglês para microbial fuel cell).

O MFC é constituído de uma parte biológica e a outra por um reator eletroquímico, podendo gerar energia renovável. Esse sistema é capaz de utilizar compostos orgânicos e inorgânicos como doador de elétron (ED, sigla em inglês) ou como combustível. O sistema, MFC, tem a vantagem de queimar etapas em relação a outras tecnologias. Essa vantagem se dá pelo fato dos pesquisadores aliarem o metabolismo da bactéria com a produção de eletricidade.
Os componentes de sistemas como o MFC são basicamente os mesmos, com um par de baterias como terminais, com os eletrodos ânodo e cátodo. Esses eletrodos se conectam através de um circuito externo e um eletrólito (solução condutora de eletricidade). A energia elétrica é gerada através da diferença de tensão entre os eletrodos, mais o fluxo de elétrons do circuito. O funcionamento se dá em três etapas, na primeira as bactérias, através do processo de respiração, degradam os resíduos orgânicos à CO2, transferindo elétrons para o ânodo. Esses elétrons saem do ânodo, pelo circuito externo, e geram eletricidade. A reação se finaliza quando os elétrons chegam ao cátodo e recebem os íons de hidrogênio e oxigênio, formando água.
De acordo com a pesquisa as bactérias necessitam do ânodo para sobreviver, pois o mesmo é usado em seu metabolismo. A importância do ânodo na vida das bactérias se dá pelo fato delas realizarem respiração, o que explica a formação de um biofilme no terminal. O biofilme é formado por uma biomassa ativa e inativa que se desenvolve naturalmente.
O pesquisador Marcus esclarece que o biofilme age como ânodo por si só, um eletrodo vivo, por isso foi chamado pelos pesquisadores de “biofilme ânodo”. As bactérias formam dentro do MFC um ecossistema complexo. A matriz do biofilme é composta por proteínas extracelulares, açúcares e células bacterianas e tem a capacidade de conduzir eletricidade.
Magnífico processo biológico e o que é melhor, mais uma forma de diminuir a ação predadora do homem ao meio ambiente.

BIOLOGIAE MEIO AMBIENTE

Este blog tem como finalidade ajudar na divulgação de artigos e textos cientificos sobre biologia e meio ambiente, bem como facilitar a troca de informações destas áreas entre alunos e professores e outros entes da sociedade em geral.