terça-feira, 7 de outubro de 2008

"Falta de assunto"

Foi-se o tempo em que casais tinham um repertório infinito de diálogo para serem discutidos durante o café, almoço, jantar e o “pré-sono”, aquela conversa na cama. Os bate-papos eram interessantíssimos, histórias de nossos avós, que muitas vezes causava medo e frio na espinha. Mas essa não é a conversa em questão; é até engraçado você chegar a um local público, sacar um cardápio da bolsa e escolher sobre qual assunto falar. Esse seria uma arma fundamental, principalmente para os tímidos, que é meu caso.

É evidente que a cada dia, a maioria dos casais tenha um repertório mais e mais escasso, vitimados por uma infância sem a verdadeira diversão de antigamente; nossa infância de hoje está fazendo amizades virtuais, onde “resenhamos” muito bem na frente de um computador, mas “travamos” quando estamos frente a frente, no chamado contato “ao vivo”. Aí vem a pergunta: onde está meu repertório de assunto. Isso tudo poderia ser considerado um papo verdadeiramente muito louco, mas é a realidade de hoje.

Não estaria escrevendo sobre esse assunto caso não tivesse vivido e acompanhado essas duas fases, da infância de ontem e de hoje. Como toda essa mudança é um processo irreversível, nos resta remar nessa onda, mas não ficar à deriva, jamais.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Exercício de titulação"

Texto 1:

Título de 1 linha de 35 toques

Elefante causa acidente em rodovia

Subtítulo de 1 linha de 70 toques

Animal desgovernado causa a própria morte e a do motorista do ônibus

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Texto 2:

Título de 2 linha de 20 toques

Ação contra a Sergen
é suspendida pelo STF

Subtítulo de 2 linhas de 35 toques

Empresa do Rio de Janeiro é acusada
de piratear softwares da Microsoft
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Texto 3:

Título de 3 palavras, em estilo criativo

Condenado Jegue Ladrão

Subtítulo informativo de 50 toques

Fim da linha para dupla de “ jegues” que roubaram milharal

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"Criação de Hiperlinks"

"Pai da internet" prevê explosão de serviços disponíveis on-line

JULIANA CARPANEZ, da Folha Online

O norte-americano Vinton Cerf, 62, atraiu a atenção de diversos representantes do setor de tecnologia nesta semana, em visita ao Brasil. Seu currículo justifica o interesse: considerado um dos pais da internet, o atual vice-presidente do Google e presidente da Icann (sigla em inglês para Corporação da Internet para Nomes e Números Designados) tem bagagem para falar sobre o histórico da rede e também os rumos que ela deve tomar nos próximos anos.

O especialista prevê uma explosão na oferta de serviços disponíveis on-line. "Já estamos vivendo uma fase de transição, em que a internet deixa de ser uma rede de conexão de dados e pessoas para tornar-se uma 'rede de todas as coisas'", afirma.

Sua afirmação pode ser exemplificada com a disponibilidade, em um futuro próximo, de diversos produtos compatíveis com a internet. Uma máquina de lavar roupas hi-tech, por exemplo, poderá decidir o melhor ciclo de lavagens e quantidade de sabão para aquela peça de roupa manchada, quando o usuário especificar seu problema no site do fabricante.

Considerado um visionário, o cientista reforça a necessidade da inovação para que empresas consigam "formatar" modelos de negócio tirando melhor proveito da tecnologia. Como casos de sucesso, ele cita o iTunes (loja virtual da Apple que fornece conteúdo para o toca-MP3 iPod) e também a Netflix (locadora de DVDs em que os filmes escolhidos via internet são enviados pelo correio).

Nova geração - A explosão de serviços on-line e conectividade deve ganhar força com a chegada ao mercado de trabalho dos jovens que atualmente se divertem com os MMORPG (sigla em inglês para RPG on-line, ou jogos que permitem a interação entre diversos usuários). "Eles estão acostumados com a interatividade e reforçarão este conceito dentro das empresas", diz.

Ainda falando sobre comportamento, Cerf descarta que a internet tenha tornado as pessoas mais hábeis para realizar diversas atividades simultaneamente. Segundo ele, esta capacidade é mais evidente entre os jovens, que são "multifuncionais" por natureza. "Pode ter certeza que, com a idade, as coisas vão ficando mais difíceis", afirma o bem-humorado cientista que se auto-intitula "o funcionário mais idoso do Google".

No Brasil, para onde veio diversas vezes desde 1975, ele também divulgou o projeto de internet interplanetária, que ajuda a desenvolver no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. O objetivo dos pesquisadores envolvidos neste projeto é juntar os planetas do Sistema Solar com a internet terrestre até 2010.

"Autobiografia"

Eu, Wilson João da Silva, nascido no dia 28 de Agosto de 1970 na cidade de Rolândia, estado do Paraná. Mudei-me com minha família para Matão (SP) aos seis meses de idade. Nosso início em uma cidade totalmente desconhecida para nós não foi fácil, mas com o passar dos anos fomos nos ajeitando e construindo nossa história. Meus pais tiveram três filhos, eu e mais dois. Era o filho do meio, mas em 2002, por uma fatalidade, virei o mais velho.

Meus pais sempre foram meus ídolos, pois foi graças à luta diária que eles travavam pelo pão nosso e conseguimos tudo que temos hoje; não é muito, eu sei, mas toda família sonha ao menos com sua casa própria para morar. Sou de origem humilde, mas tive uma infância cheia de alegria, tranquila e sem problemas que pudessem abalar nossas vidas. As brincadeiras de que eu participava eram bem diferentes das que vejo hoje, mas, enfim, o mundo evolui e devemos evoluir também. A infância das crianças de hoje não e tão mágica quanta a de anos atrás.

Apesar de ser muito tímido e um tanto quanto desconfiado, fiz várias amizades, que conservo até os dias de hoje. Não sei se essa timidez me atrapalhou ou me ajudou, só sei que poderia ter sido melhor, teria feito amizades com mais facilidade, só não sei se seriam tão verdadeiras.

Sempre me interessei por aprender, estudar, sempre estar bem informado, só que nunca conclui o curso superior. Também nunca desisti desse sonho, talvez seja por isso, que hoje, aos 38 anos, estou começando mais uma etapa da minha vida, com a mesma vontade de qualquer um dos meus colegas do curso de Design Digital.

"A Resposta"

Amado pai!
Recebi sua carta e vi quanto é sua preocupação comigo. Estou decidida nesse próximo estágio de minha vida. Embora possa parecer, quero que saiba que não sou aquela garotinha mimada de antes.
Hoje, já com uma certa idade, vejo a vida de outra maneira, com possibilidade de crescer profissionalmente, de conquistar minha independência.
Sim, meu pai, estou decidida. O rumo de minha vida eu mesma traçarei e sei que jamais voltarei atrás em minha decisão.
Sofri para tal decisão, sofrerei a dor de sua ausência, quando em mim fizeste carinho e me tratava como um bebê.
Meu caráter e minha dignidade sempre estarão comigo, pois sequer deixarei cair qualquer parte de mim, nas mas ou nas esquinas da vida. Sei que estarei sendo honesta comigo, sei que também posso mudar o rumo de minha vida em algum momento, mas sei que jamais viverei novamente aquela infância gostosa e tão adorada.
Sou do tamanho de meu sonho, pai. Sonho grande, por isso sou grande tanto quanto. A decepção é iminente em decisões arriscadas, mas minha convicção é maior que isso, meu pai.
Jamais o senhor proibiu-me de encarar o mundo de frente, talvez pelos desafios que
também encarou. Não quero desistir agora meu pai. Quero me fortalecer com suas palavras.
Não quero e nem deixarei o mundo me engolir, não quero naufragar nesse mar bravio, que me espera. Mas se isso acontecer meu pai, imploro que me deixe voltar, mas de cabeça erguida. Não quero ser hipócrita a ponto de esquecer e ignorar o amor que senti por mim.
Quero ser sempre seu amor, sua querida. Desculpe-me, amado pai.
Amo-te muito e levarei sempre sua imagem em meu pensamento.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

"Concisão - Entrevista Pierre Lévy"

Pierre Lévy coloca-se extremamente favorável à evolução das novas mídias digitais, quanto à questão de evolução pessoal de cada indivíduo, mas atenta-se também para as questões tradicionais, pois delas dependem toda essa evolução das novas tecnologias
O primeiro ponto lembrado foi à questão das diferenças sociais que pode levar a uma possível segregação dessa evolução tecnológica, já que uma grande população vive às margens da própria educação tradicional. Isso, com certeza, pode impor um limite na transposição desse avanço. Vale lembrar também, que essas barreiras serão transpostas, mas o processo é lento, já que o coletivo é uma opção muito bem lembrada por Pierre. A participação das comunidades carentes será um facilitador para essa ação de inclusão digital. As pessoas não podem, simplesmente, ficar concentradas nas dificuldades existentes, pois acabará dificultando ainda mais o processo de inclusão digital das pessoas mais carentes.
Junto desse processo de inclusão, é necessário um processo gradativo de alfabetização tradicional, já que o Brasil é um país onde existem milhões de analfabetos. Se você não consegue fazer com que as pessoas escrevam em um papel, não conseguirá fazer com que elas se dêem bem na frente de uma tela de computador, pois o mundo caminha para isso, a globalização e o intercâmbio em decorrência das redes sociais.
As crianças têm um enorme potencial de assimilação de informações, mas o interessante nisso tudo seria o aprendizado em conjunto, ou seja, a educação tradicional juntamente com a “Educação digital”, já que as próprias universidades caminham para esse novo rumo de ensino, no dias atuais. Isso tudo em um processo natural e orgânico das pessoas.
O processo do avanço tecnológico, sob tudo, da internet principalmente, é algo alucinante, que fascina, mas também, um bombardeio de informações, onde as pessoas precisam estar preparadas para filtrar essas informações, pois é muita informação boa acompanhada de muito lixo “internético”.
Um ponto muito importante também será o comportamento dos meios de comunicação, seja a imprensa falada, seja a escrita, já que hoje vemos nos principais portais uma mescla de informação escrita, com vídeos. Podemos ter acesso a qualquer lugar do mundo apenas com cliques. Vivemos em um processo irreversível de inclusão digital das pessoas.

Opinião:
A questão abordada na entrevista é muito interessante, pois se trata de um assunto extenso, já que o mundo caminha para um processo de “virtualização” a passos largos. A cada dia novas tecnologias são descobertas e quase que instantaneamente são aplicadas no nosso cotidiano. Mas vale ressaltar, segundo Pierre Lévy, que jamais poderemos abandonar a questão “Educação”, já que ela é o berço do nosso crescimento.