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ESTRANHAS APARIÇÕES - Narrativa Clássica Sobrenatural - Daniel Deföe

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  ESTRANHAS APARIÇÕES Daniel Deföe (1660 – 1731) Tradução de autor anônimo. Certo fidalgo, senhor de uma avultada fortuna, casou-se com uma dama, também de bons cabedais, de quem teve um filho e uma filha apenas, após o que, anos passados, ela se finou. Em breve, contraiu segundas núpcias; a segunda esposa, posto que de mais baixa condição e menores haveres que a primeira, tomou a peito aborrecer e maltratar os filhos que ele tivera da outra mulher, o que fez a desarmonia da família, tanto no que respeita às crianças, como no que toca ao próprio pai. O primeiro resultado de tal comportamento da madrasta no seio da família foi o filho, mal principiou a sentir-se homem, ter pedido ao pai que o deixasse viajar por terras estranhas. A madrasta, conquanto desejasse ver-se livre dele, como ele precisava de uma soma considerável para se manter no estrangeiro, opôs-se violentamente, fazendo com que o pai o não deixasse partir, depois de lhe ter dado autorização para isso. Tão arreliado fic

A LUTA COM O DEFUNTO - Narrativa Clássica de Horror - Anônimo do séc. XIX

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  A LUTA COM O DEFUNTO Anônimo do séc. XIX Uma senhora alemã do México noticia no Neuen Freien Presse , de Viena, um acontecimento cuja veracidade parece realmente duvidosa. Entretanto, o fato pareceu àquela referida folha tão interessante, que ela o deu à publicidade, deixando aos profissionais a tarefa de decidir se uma tal coisa é concebível ou não. A senhora escreve de Chihuahua, no México, o seguinte: “ Achamo-nos em Chihuahua, cidade de 20.000 habitantes, Norte do México. Vários alemães aqui vivem e trabalham. Uma manhã, morre um moço alemão, vítima de uma moléstia sem nome, que arrebata prematuramente grande número de estrangeiros imprudentes, que não querem deixar neste clima os seus antigos hábitos, o abuso especialmente da cerveja e dos alcoólicos fortes. O falecido compatriota foi dado à sepultura com a maior pompa possível. O coveiro J uan González só abre as covas que se pagam, e desta vez mereceu bem a sua remuneração. Não obstante, o seu trabalho não foi pe

A AMADA REDIVIVA - Narrativa Clássica Fúnebre - Anônimo do início do século XX

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  A AMADA REDIVIVA Anônimo do início do século XX No tomo VIII da curiosa obra Causas Célebres e Interessantes 1 , encontramos a curiosa história em que a verdade vale mais do que os mais trágicos episódios criados pela imaginação dos romancistas. Dois negociantes da rua Saint Honoré (em Paris) eram amigos íntimos. Um tinha um filho, outro uma filha, quase da mesma idade. Como era natural, os dois adolescentes amavam-se. Essa inclinação recíproca era alimentada pela convivência, que os pais autorizavam, porque eram os primeiros a desejar o casamento de seus herdeiros. Mas eis que um homem, já maduro e muito rico, um banqueiro, veio perturbar esse doce idílio, fazendo a corte à moça e pedindo sua mão. A perspectiva de uma bela fortuna modificou instantaneamente os sentimentos do pai, que abandonou por completo os planos de matrimônio da moça com o filho de seu velho amigo. A própria moça, seduzida pelo fausto que o novo pretendente lhe oferecia, não se fez rogar para esquecer o