Tensão pré-segunda-feira


Se no fim de domingo, quando começa a abertura do Fantástico, você sente um calafrio e pensa "Ai, meu Deus! Amanhã é segunda-feira!", não se aflija. Você não é a única. Preferir estar em casa, tornando a vida um eterno fim de semana, seria a escolha natural da maioria. A própria Bíblia diz que o trabalho foi colocado na vida do homem como um castigo... Quando Deus criou o mundo e viu que tudo era bom, Ele não havia instituído o trabalho. O trabalho só veio depois, quando Adão e Eva foram castigados por comer do fruto proibido e Deus acabou com a vida boa, declarando a Adão: “do suor do teu rosto comerás o teu pão”. Então, não se puna se você não conseguir achar o trabalho a maior diversão da sua vida! Realmente, não é para ser. Mas também não deve ser uma tortura. 

Mais do que uma questão de sobrevivência, por atender as nossas necessidades básicas (alimentação, moradia, etc), o trabalho também complementa nossas necessidades sociais, de autoestima e realização (olha a Hierarquia de Maslow !). Se o trabalho é um meio de sobrevivência, social e emocional, não pode ser um catalizador de doenças. Não pode ser um fardo, não pode fazer mal. Se isso acontece, algo está errado.

Ter um pouco de estresse no dia-a-dia é cada vez mais comum. A pressão do tempo, a velocidade das informações, as metas a serem atingidas e as diversas tarefas do dia exigem que as pessoas sejam multitarefas e estejam sempre conectadas. A vida se tornou estressante. O trabalho também. Até aqui, tudo normal. O problema está em como você reage a essas situações de estresse. 

Muitas vezes, as situações de estresse desencadeiam um comportamento proativo e dirigido, provocando um efeito positivo, que leva o indivíduo à superação. É como se você tivesse levado o seu organismo à carga total para atingir determinado objetivo. O resultado é bom, porém, essa condição não pode ser permanente. Não dá para se manter a 100% de capacidade o tempo todo. E aí começam os efeitos negativos do estresse, quando o seu organismo começa a dar sinais de que precisa reduzir o ritmo. Inicialmente surgem a tensão, a impaciência, a ansiedade. Depois, a insônia, o desânimo, o cansaço crônico. Mais a frente, doenças como enxaqueca, dermatite, gastrite e outras “ites”. E peça a Deus para parar por aí...

E como é que você se protege disso ? 

Primeiro, se pergunte: o estresse é inerente ao trabalho ou é você que se estressa com o trabalho ? Que qualquer organização tem metas e que as pessoas estão lá para atingí-las, todos concordam. Lidar com a pressão por resultado é uma exigência do mundo corporativo. Mas você está preparado para isso ? Se não está, o que pode fazer para se capacitar ? E se não tem perfil, por que não mudar de área ? Identificar o fator catalizador de estresse é o primeiro passo para você conseguir se blindar contra seus efeitos. 

Segundo, não queira tirar 10 em tudo. Nem sempre é possível realizar tudo como queremos, às vezes alguma coisa fica aquém. Busque sempre fazer o seu melhor, mas seja coerente consigo mesmo e não se exija além do que consegue dar. 

Terceiro, lembre-se que há vida fora do trabalho. Quando estiver com a família, esteja! Aproveite realmente o tempo em que está com quem você ama, que já é tão escasso. Procure uma atividade prazerosa, uma ocupação, ou mesmo uma “desocupação”! Isso mesmo! Gaste um pouco de tempo com você mesmo. Nem que seja fazendo nada. Se permita um tempo e desconecte-se de vez em quando. Mas deixe o celular ligado, por via das dúvidas... (Ops! Olha a recaída !) 

Enfim, a vida é uma só... E o trabalho é um meio de vida, não um fim. Aprenda a equilibrar as coisas e seja feliz, dentro e fora do trabalho.


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